Devagar, quase parando

– A fase agora é a cravação das estacas, que vão a menos 50 metros de profundidade. Esta obra está dentro do cronograma inicialmente previsto e deve ser concluída em seis meses – disse Brito, na ocasião.
Mas o consórcio TSCC, formado pelas empresas Triunfo, Serveng Civil San e Constremac, confirmou ontem que um processo de desmobilização está em curso, por conta de um alegado débito do governo federal com as empresas. O trabalho começou em fevereiro e, dos quase R$ 13 milhões aplicados na obra até agora, cerca de R$ 5 milhões foram pagos ao TSCC.
Outro motivo para a desaceleração, segundo o engenheiro do TSCC Paulo Müller, gestor do contrato, é a falta de previsão da Secretaria Especial de Portos para autorizar as próximas etapas da reconstrução:
– O consórcio não pretende abandonar o porto, só não podemos continuar arcando com os custos deste ritmo de trabalho. Até segunda ordem, vamos continuar a remover entulhos e fazer testes.
Cerca de 70% dos entulhos do cais foram removidos. As empresas fariam, simultaneamente, o estaqueamento do solo, mas esperam, desde abril, aval para aumentar as estacas de 35 para 50 metros, a fim de garantir estabilidade ao cais.
Se feitas as alterações, o custo da obra subiria de R$ 174 milhões para R$ 220 milhões, e o tempo de execução passaria de seis para oito meses, a partir da retomada, segundo o TSCC. O pedido está sob análise de órgãos como a Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU).