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Custo Brasil é cada vez maior

O Custo Brasil - conjunto de distorções existentes na economia brasileira, responsável pela baixa competitividade e ineficiência das empresas - ao invés de diminuir com o passar dos anos, com a inovação e com os investimentos públicos e privados, só aumenta e diminui a competitividade dos produtos brasileiros no exterior e encarece os consumidos no mercado interno.

Esta é uma das principais preocupações da indústria brasileira neste final de ano. O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre, comentou, ontem, em encontro com a imprensa, que a logística, no Brasil, pesa 16% nos produtos, enquanto nos Estados Unidos pesa apenas 7%.

Falta, principalmente, infraestrutura de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, o que quase dobra os preços dos produtos entre a fábrica e o porto, no caso da indústria, entre a porteira e o porto, no caso da agropecuária.

Um estudo da Abimaq mostrou que o Custo Brasil é, em média, 36,27% para a indústria, de modo geral, e 43,85% para o setor de máquinas, em particular, se comparados com os custos dos EUA e da Alemanha. Não é, então, só pela questão cambial que o País não consegue vender seus produtos no exterior e vê crescerem, exageradamente, as importações. Só com investimento em infraestrutura este quadro vai mudar.

Portos

Um exemplo está nos portos. A modernização dos portos brasileiros, propiciada pela Lei dos Portos, parou, e a situação está começando a ficar tão ruim quanto antes da lei. Em Santos, o tempo de liberação de um contêiner, que tinha diminuído para 11 dias, voltou a ser de 17 dias. Faltaram investimentos na infraestrutura e nos terminais.

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