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AEB divulga previsões para 2011

Commodities perfazem cerca de 70% das exportações.

A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) divulgou ontem as previsões os números da previsão para balança comercial para o ano de 2011, apostando num superávit de US$ 26,100 bilhões. O número é 50,3% maior que a estimativa para o final de 2010, que foi considerada como US$ 17,364 bilhões.

Em 2011, tanto as exportações quanto as importações devem superar os números previstos para o final deste ano. A perspectiva é que os embarques totalizem US$ 225,790 bilhões contra os US$ 199,724 bilhões estimados para o final de dezembro, desempenho que será turbinado "graças exclusivamente aos elevados patamares de cotação das commodities no mercado internacional, em especial minério de ferro, que deve ser responsável por US$9,3 bilhões do incremento das exportações no próximo ano", segundo o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro.

Em relação a 2010, o crescimento dos embarques será de 13,1%. Já as importações, favorecidas pelo real depreciado, sairão de US$ 182,360 bilhões em 2010 para US$ 199,690 bilhões neste exercício, registrando incremento de 9,5%.

Caso estas estimativas para 2011 se concretizem, tanto as exportações de US$225,790 bilhões como as importações de US$199,690 bilhões serão recordes. Os dados projetados indicam que a corrente de comércio deverá aumentar 11,2%, passando de US$382 bilhões em 2010, para US$425 bilhões em 2011.

Porém, Castro destaca que estes dados positivos foram projetados tendo como base o atual e favorável cenário econômico mundial, mas que poderá ser revertido na hipótese de as incertezas econômicas na União Européia se tornem realidade.

As commodities continuam respondendo por cerca de 70% da pauta de exportação. "Considerando-se que o Brasil não possui qualquer controle sobre seus preços ou quantidades, eventual mudança no cenário externo reflete negativamente sobre a balança comercial", adverte o relatório.

Seguindo a situação que ocorreu em 2010, depois de 32 anos, em 2011 os produtos básicos (commodities) ampliarão sua participação percentual na pauta de exportações, enquanto os manufaturados continuarão em queda, sinalizando uma reprimarização das exportações.

Desta forma, com o atual cenário cambial com a proeminência de importações, o número de empresas importadoras deve aumentar e a quantidade de empresas exportadoras deve sofrer redução.

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