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Área sindical dos portos vê com desconfiança troca de nomes na SEP

O novo ministro dos Portos, Leônidas Cristino, assumirá a pasta em 1º de janeiro sob forte clima de desconfiança com o movimento sindical do setor portuário.

Os sindicalistas ainda não entenderam os motivos que levaram a presidenta eleita Dilma Rousseff a referendar a indicação feita pelo PSB e, em especial, pelo governador do Ceará, Cid Gomes, amigo pessoal de Leônidas.

"Estou indignado, pois o trabalho do ministro Pedro Brito deveria ter continuidade.

Este é um grave indício do que poderá vir a ser a relação do Governo Federal com os portos brasileiros.

Não condeno o novo ministro, mas não aceito que o indiquem sem ouvir os trabalhadores. Nada contra ele, mas tudo contra a indicação política”, critica o presidente do Sindicato dos Operários Portuários de Santos (Sintraport), Robson Apolinário.

Outro sindicalista que não gostou da troca de comando na Secretaria de Portos (SEP) foi o presidente da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias e Trabalhadores de Bloco (Fenccovib), Mário Teixeira.

Ele reclamou da chegada de alguém sem experiência ao posto mais importante do setor portuário.

“Os portos são sui generis, técnicos ao extremo e que não se podem deixar levar por questões políticas e pessoais.”

O sindicalista torcia para que Pedro Brito seguisse no comando da Secretaria de Portos (SEP). Com a mudança oficializada, ele já aproveita para fazer um pedido ao futuro ministro Leônidas Cristino.

“Queremos de volta as comissões tripartites que se reuniram com frequência na SEP. As reuniões acabaram e o trabalhador não é mais ouvido. A gente tinha voz ativa nos últimos três anos nos portos e precisamos disso de volta”.

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