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Navios de grande porte podem comprometer frota ativa

A adição de porta-contêineres superdimensionados à frota global pode comprometer o equilíbrio da capacidade e incorrer em uma queda nas taxas, de acordo com relatório do DVB Bank, instituição financeira sediada em Roterdã (Holanda).

Os chamados super-post-panamax - unidades com capacidade de pelo menos 8 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) estariam se tornando " a espinha dorsal da frota das principais companhias marítimas ", segundo o banco.

De acordo com o estudo, o equilíbrio entre a oferta e a demanda dos super-post-panamax durante os próximos três anos exigirá um crescimento moderado das movimentações comerciais, a captura do market share de navios menores, continuidade do slow steaming (medida de redução de velocidades das embarcações) e também do atraso na entrega de novos navios.

Caso os players abandonem a "gestão de oferta pró-ativa" que restringia a capacidade e permitiu um retorno à lucratividade no ano anterior, a onda de grandes navios programados para entrega em 2011 e 2012 resultará em um colapso nas taxas entre Extremo Oriente e Europa. "Isto acabará por afetar o segmento de contêineres em sua totalidade", diz o relatório.

Por conta do tamanho, os super-post-panamax só podem ser empregados em um número limitado de rotas com incidência de altos volumes, em especial no trade Ásia-Europa - onde os navios superiores a 8 mil Teus já substituíram boa parte das embarcações menores, respondendo atualmente por 62% da capacidade nominal desta rota.

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