Marinha nega risco de apagão
A Marinha do Brasil é a única instituição que pode formar marinheiros e oficiais de marinha mercante no País. Para 2011, a instituição planeja formar 500 oficiais e cerca de 3.000 profissionais em funções operacionais de navios e a previsão para 2012 é de 900 oficiais.A instituição forma o pessoal em compasso com a demanda de mercado e não há risco de haver apagão de mão de obra no setor.
Segundo a Transpetro, tanto as empresas do setor como sindicatos de marítimos e armadores nacionais, em conjunto com a Marinha, se uniram ao governo federal “para promover a ampliação e melhorias para os dois centros de formação existentes no País: Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga), no Rio de Janeiro, e o Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), no Pará.”
As duas escolas são as responsáveis pela formação dos oficiais de convés ou de máquinas, na marinha mercante, que vão comandar toda a tripulação do navio. Nesta carreira o profissional pode chegar a comandante de navio, em cargos como capitão de longo curso, que dependendo de suas qualificações pode receber salários acima de R$ 20 mil.
Esses cargos são destinados a pessoas com o nível médio completo. Os cursos têm duração de três anos, mais um de estágio e assim como nas funções de marinheiro, o profissional formado sai com emprego praticamente garantido.
Nesse caso, os alunos recebem ajuda de custo e têm alimentação e moradia bancadas pelas escolas. A lógica de a Marinha ser a responsável pela formação da mão de obra civil é que os profissionais do mar são da reserva. Ou seja, em caso de guerra, eles são os primeiros convocados.
Aqueles que pretendem trabalhar em navios de passageiros também têm de fazer cursos específicos de não tripulante. Duas empresas no Recife são credenciadas pela Marinha para capacitar este pessoal, e cobram, na média R$ 800 pelo curso. São elas o grupo Gurevich e a Soamar.