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Tecon completa dez anos em Suape

Terminal coloca porto na 2a posição em volume de operações por cabotagem

“Esse é o período mais significativo pelo qual passamos”, considera Rodrigo Aguiar, diretor Comercial do Terminal de Contêineres do Complexo Industrial Portuário de Suape (Tecon Suape), que completa dez anos de operações no porto pernambucano.

O Tecon é gerido pelo International Container Terminar Services Incorporated (ICTSI), grupo filipino que venceu a licitação internacional no início da década passada. Tem 20 anos de mercado e opera em 23 portos do mundo, em qua­tro continentes. Desde lá, já aumentou em 15 vezes a movimentação de contêineres e coloca o Porto de Suape na segunda posição nacional em volume de operações por cabotagem.

“É muito importante para nós participarmos ativamente desse momento”, disse o CEO do Tecon, Sergio Kano. Ele falou da evolução pela qual passou o terminal, de 30 mil TEUs (unidade padrão para o contêiner de 20 pés) movimentados no início da operação, em 2002, para os quase 400 mil TEUs atuais - e disse não acreditar que o crescimento se estabilize, por ora.

No ano passado, o Tecon movimentou 340,4 mil TEUs, 25% a mais que em 2009, o ano da crise. “Estávamos esperando chegar perto dos 400 mil TEUs movimentados, mas acreditamos que isso será superado”, diz Aguiar, baseado nos números acumulados até o mês passado, 33% maiores que o mesmo período de 2010 (165,5 mil TEUs contra os 128,3 mil TEUs anteriores).

Até a primeira quinzena de julho, o Tecon atinge seu segundo milhão de TEUs acumulados. “A velocidade de crescimento é exponencial. Esperamos chegar ao terceiro milhão em dois anos”, comentou ainda o diretor. Para servir de comparação, o Te­con operou por seis anos, até junho de 2008, para atingir seu primeiro milhão de TEUs.

Antigamente, relembrou Aguiar, Suape operava contêineres em um pátio público, com equipamentos de bordo dos próprios navios. Além da área gerida, o Tecon trouxe portêineres, transtêineres e empilhadeiras que suportam até 45 toneladas, apropriados para essa operação. “Con­seguimos velocidade e Suape se tornou um porto mais atrativo”, pontuou.

Começou com serviço de longo curso, com importação e exportação de cargas. “Com a consolidação, incluímos a operação por cabotagem, que, além de levar e trazer cargas em território nacional, serve de complemento para os transportes de longo curso”, exemplificou.

O acumulado é de R$ 200 milhões em investimentos (em equipamentos, tecnologia da informação e qualificação de mão de obra) e mais R$ 100 milhões estão previstos para “dar suporte ao aumento da demanda, com a construção de mais um pátio de contêineres”. Expansões e melhorias, garantiu Aguiar, acontecem todos os anos.

Um novo terminal de contêineres em Suape já está em vias de ser licitado, mas Aguiar explicou que a capacidade do Tecon ao longo dos anos vai depender de diversos fatores, como a velocidade de cada operação e do tempo médio de permanência de um contêiner no pátio.

O Tecon Suape está ligado a todo mundo, tanto para exportação quanto para importação. Em contêineres, transporta produtos químicos, alimentos, produtos siderúrgicos e de higiene, algodão cru, produtos têxteis e tecidos (principalmente da China), além de máquinas e equipamentos.

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