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Greve de Itajaí coloca Maersk na berlinda

O presidente da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios (Fenccovib), Mário Teixeira, espontaneamente procurou Portogente para esclarecer pontos da greve dos conferentes no Porto de Itajaí.

Do começo
Primeiro de tudo, o impasse ocorre entre trabalhadores portuários brasileiros e a maior empresa de navegação do mundo, o armador holandês Maersk, abrigada na APM Terminals, conhecida, internacionalmente, segundo Teixeira, como “armador verticalizado”.

Monopólio
Mas por que os conferentes pararam, senhor Teixeira? Por causa da situação a que serão submetidos conferentes que ficarão sem trabalho, em razão da contratação dos demais conferentes com vínculo empregatício pela APM, que é a única empresa operadora portuária de Itajaí.

Sem trabalho
A APM, ao passar a executar todo o seu trabalho de conferência com seus próprios empregados, jogarão vários conferentes na rua da amargura, que ficarão quase que “encostados” no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) sob o “guarda-chuva” da multifuncionalidade, mas disputando o já escasso trabalho com outros avulsos, estivadores, vigias, consertadores, etc.

Pingos nos is
Mário Teixeira, no seu artigo publicado nesta segunda-feira (7) pelo Portogente, reclama que a APM, assim como maioria do empresariado do setor, inclusive com a conivência de algumas autoridades, ignora que está em vigor no Brasil a Convenção 137 da OIT.

O que é
A Convenção 137 prevê a garantia de trabalho ou renda ao trabalhador avulso exatamente para esses casos. Ou seja: quando o portuário ficar sem posto de trabalho.

Tem troco
O presidente da Confederação informa que as entidades sindicais brasileiras de portuários estão fazendo contatos com a sede da ITF, em Londres, com o IDC (Conselho Internacional de Portuários), em Barcelona, com o ILWU (Sindicato Internacional de Portuários da Costa Leste dos Estados Unidos e Canadá), entre outras organizações sindicais, para levar adiante o plano de boicote internacional, no caso contra os navios da Maersk, conforme foi aprovado no Seminário de Cork e em eventos internacionais de portuários.

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