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Apenas navios com origem na Àsia ainda têm dificuldade para atracar em Itajaí

Após enfrentar a destruição do cais causada pelas fortes chuvas de novembro do último ano e a diminuição do comércio de cargas em decorrência da crise financeira internacional, o Porto de Itajaí vem se recuperando mês a mês e já está próximo dos patamares constatados no chamado “período pré-enchente”. No entanto, o diretor comercial do Porto de Itajaí, Robert Grantham, disse ao PortoGente que a restrição de profundidade do canal de acesso ao cais ainda prejudica a entrada de navios que chegam cheios de mercadorias, em especial os oriundos da Ásia.

Isso acontece porque as embarcações vindas do Oriente transportam grandes quantidades de cargas importadas pela indústria brasileira, o que as torna mais pesadas e demanda uma profundidade maior para a atracação dos navios. Antes das chuvas de 2008, a profundidade do Rio Itajaí-Açú era de 11 metros. Atualmente, mesmo após intensos trabalhos do serviço de dragagem, é de apenas 10 metros. “Mas os navios que carregam menos cargas de importação conseguem se ajustar às nossas condições e não encontram dificuldades. Por isso, nosso número de escalas já está quase no patamar de antes da enchente”. Segundo Grantham, a quantidade de atracações variava de 95 a 98 por mês em meados do ano passado. No último mês de junho, foram efetuadas 89 escalas.

A maior frequência da chegada de navios com origem nos Estados Unidos e na Europa já se reflete em números reconfortantes para a comunidade local. Em junho de 2009, o Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu – que também abrange o Porto de Navegantes, localizado no outro lado da margem do Rio e em frente a Itajaí – registrou recuo de apenas 14% na movimentação de contêineres (em TEUs) em relação ao mesmo mês de 2008. Em janeiro e fevereiro, os períodos mais críticos, os recuos foram, respectivamente, de 56% e 49%. As operações com contêineres são o principal atrativo de Itajaí e representaram 86% da movimentação portuária do complexo nos últimos seis meses.

Com o serviço de dragagem, Itajaí espera retomar, em breve, a profundidade de 11 metros

Grantham considera que o nível de movimentação no porto catarinense já é satisfatório, principal se comparado aos grandes players do comércio marítimo mundial, que têm apresentado recuos ainda maiores do que os registrados em Itajaí nos últimos meses.

O diretor se apoia em números divulgados no Conselho de Autoridade Portuária (CAP) para celebrar a reabilitação das operações locais. Em termos de toneladas, o complexo portuário chegou ao final do primeiro semestre deste ano com um total de 2.253.502 toneladas de cargas operadas, ante as 3.582.555 movimentadas no ano passado. O recuo de 37% é maior do que o que foi constatado somente em junho, quando a retração verificada ficou em 25%.

Grantham lembrou também que, se comparadas a janeiro deste ano, as operações de junho apresentaram uma evolução de 133,76%, percentual que comprova a retomada gradativa das operações no Complexo após as enchentes de novembro do ano passado. O volume mensal de cargas passou de 204.396 toneladas para 477.810 toneladas.

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