Porto batiza equipamentos que modernizarão atividade econômica
Duas das maiores operadoras portuárias e de logística de comércio exterior do país, a Libra Terminais Rio, empresa do Grupo Libra, e a MultiRio, do Grupo Multiterminais, batizaram hoje, no Porto do Rio, seus mais novos equipamentos. O investimento supera R$ 70 milhões em quatro portêineres - máquinas responsáveis por embarcar e desembarcar contêineres nos navios de carga - e 10 RTGs (Rubber Tyred Gantry), que movimentam e armazenam os contêineres no pátio do terminal da chinesa ZPMC recém-chegados ao local.
A aquisição das máquinas faz parte do plano de expansão do Porto, autorizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que visa ampliar as capacidade para atende às demandas do comércio exterior. Os equipamentos podem manipular simultaneamente dois contêineres de 40 pés ou quatro de 20, melhorando em 20% a eficiência dos terminais. Os equipamentos foram amadrinhados pelas esposas do vice-governador, Maria Lúcia Horta, e do prefeito, Cristina Assed Paes. A cerimônia contou com as presenças do vice-governador e coordenador executivo de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, e do secretário da Casa Civil, Regis Fichtner.
A atividade econômica do Porto do Rio de Janeiro movimenta cerca de R$ 1 bilhão em impostos. Para o vice-governador e coordenador executivo de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, a pacificação permitiu a retomada do setor, que vai continuar crescendo. Além de levar a pacificação às áreas do Caju, Manguinhos e Jacarezinho, o governo do Estado pretende realizar outras melhorias para incrementar o desenvolvimento do setor.
- Esse setor da economia é a cara do Rio de Janeiro. Revitalizar essa área e trazer equipamentos modernos para o Porto é muito positivo. É estratégico que o setor esteja forte, gere emprego e renda. Temos, prefeitura e governo do Estado, que apoiar essa iniciativa.
Temos que fazer um esforço para melhorar os acessos e a circulação do trânsito aqui, dar conforto e condições de trabalho para que se expanda cada vez mais a atividade aqui no Rio. Além de trazer escolas profissionalizantes para capacitar os trabalhadores que atuam aqui - disse Pezão.
Os investimentos em melhorias pelas operadoras portuárias são motivo de alegria para o prefeito Eduardo Paes, já que fortalecem a atividade econômica e geram maior volume de impostos para o município.
- Estado forte é aquele que tem capacidade de regular, de aplicar as punições quando o trabalho não é bem feito e desfrutar da arrecadação de impostos para executar serviços que só dependem do estado, quando as empresas cumprem a lei. É assim que uma cidade vai para frente, por isso retomei a conclusão da alça que dá acesso ao cais pela Avenida Brasil e o viaduto de Benfica, que vai facilitar o fluxo de caminhões de grande porte. À medida que qualificamos o porto urbano, através do projeto Porto Maravilha, é mais que necessário fazermos essa interação - disse Paes.
O presidente do Grupo Libras, Marcelo Araújo, disse que esse é o início de um ciclo de investimentos muito importante em resposta do mundo empresarial e do sistema portuário às demandas que o Rio de Janeiro viverá nos próximos anos.
- Estamos muito orgulhosos de reafirmar nosso compromisso de investimentos na cidade e no Estado. Inauguramos simbolicamente os equipamentos que aperfeiçoarão nossa capacidade operacional, um investimento inicial de R$ 70 milhões dos R$ 300 milhões que serão aplicados pela Libras na duplicação da operacionalidade nos próximos dois anos. Esperamos fazer com que o comércio exterior brasileiro tenha no sistema portuário do Rio de Janeiro um dos seus mais eficientes veículos de inserção na economia global, em parceria com os governos federal, estadual e municipal - afirmou.
O presidente da Multiterminais, Luis Felipe Carneiro, disse que a compra da nova aparelhagem é o passo inicial de um ambicioso plano de expansão dos dois terminais, que resgata a importância do Porto do Rio de Janeiro no cenário nacional.
- Além da aquisição de novas máquinas, vamos investir cerca de R$ 1 bilhão em construção de novos cais, armazéns, edifícios-garagem para aumentar a armazenagem de veículos, benfeitorias que retornarão para o poder público no fim do nosso arrendamento. A estrutura que vamos montar aqui será preparada para receber os navios que, a partir de 2014, vão navegar pelo novo Canal do Panamá, e atualmente não cabem nos nossos berços de atracação, movimentando ainda mais o setor - concluiu.