Construção Naval vai abrir mais 33 mil vagas até 2014
Rio - O setor de Construção Naval prevê abrir mais de 33 mil oportunidades de emprego até 2014 no estado. Até 2020, um milhão de chances serão oferecidas. As funções para iniciantes podem ter remuneração a partir de R$ 1,8 mil ao mês, chegando a R$ 10 mil ao mês, conforme a especialização escolhida.
Trata-se da retomada de um setor que voltou a ter investimentos e deslanchara em 1979, quando o Brasil foi o maior do mundo nesse campo. Porém, com as crises do petróleo e desorganização econômica, o País ficou ‘apagado’, tanto em produção quanto em mão de obra capacitada.
Segundo o jornalista chileno Carlos Cornejo, autor do livro ‘Nau Brasilis’, que aborda a história da Construção Naval, o verde-amarelo recupera espaço no setor. “Em meados dos anos 1980, o Brasil chegou a ter somente um estaleiro, com 200 funcionários. Hoje, o segmento ressurge no País, que voltou a marcar presença como 4º maior mercado do mundo”, destaca.
Cornejo também observa que a posição no ranking se deve à volume e qualidade adequada na produção naval. O escritor também afirma: “Atualmente, esse mercado emprega 60 mil trabalhadores diretos por ano no Brasil. Na economia do Estado do Rio, Construção Naval é um dos principais estímulos”.
De acordo com ele, estaleiros brasileiros têm encomendas garantidas para os próximos quinze anos. Com isso, vai seguir captando mão de obra qualificada para o setor.
Qualificação é vital
VOLTA POR CIMA
Quando estudante, Rodrigo Longuinhos chegou a repetir o primeiro ano do Ensino Médio. Após sugestão de um amigo, procurou formação técnica em Construção Naval para conhecer mais sobre o mercado. Certificado pela Faetec e com diversas especializações em softwares, hoje Longuinhos é um dos três sócios que integram a PHD Soft, empresa de tecnologia que gera soluções para setor de petróleo e gás. Tudo isso, aos 25 anos.