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Porto de Roterdã a um passo de fechar contrato no Estado

Holandeses vão abrir escritório em Vitória para acordo do Porto Central em Kennedy 
 

Faltam poucos detalhes para o Porto de Roterdã virar sócio do Porto Central, projeto tocado pela companhia Terminal Portuário de Kennedy (TPK) no município do extremo Sul capixaba. As negociações, já bem adiantadas, avançaram bastante nesta semana. Desde terça-feira, executivos da TPK estão em Roterdã discutindo detalhes das negociações, incluindo aí a operação do complexo, com os holandeses. A expectativa é de que o contrato seja formalizado até o final do ano.

A questão da operacionalização ficou praticamente acertada ontem, quando os holandeses informaram o governador Renato Casagrande, desde ontem em Roterdã, que inauguram em setembro um escritório em Vitória para tocar de mais de perto o projeto do Porto Central. Edwin van Espen, responsável pela operacionalização do Porto de Sohar, em Omã, Oriente Médio, o primeiro projeto Porto de Roterdã longe da Holanda, virá para fazer o projeto do Central andar mais rápido.

Mesmo sem papel assinado, os trabalhos estão a todo vapor. Holandeses e brasileiros estão em contato com diversos potenciais clientes, um deles seria a Vale. A mineradora busca alternativas logísticas para exportar mais minério, já que Tubarão, em Vitória, beira o limite da carga. Além da Vale, a Ferrous, que tem projeto para mineroduto e porto em Presidente Kennedy, estaria próxima.

No ano passado, sem ter por onde escoar sua produção, a companhia teve de exportar 3 milhões de toneladas de minério pelo Porto de Sepetiba, Sul do Rio de Janeiro. Com a parceria com o Porto Central, a Ferrous deixará de gastar pelo menos R$ 1 bilhão com a construção de seu terminal.

Shell - Outra gigante que também está de olho no porto-indústria capixaba é a anglo-holandesa Shell, que, por sinal, já produz petróleo no litoral do Espírito Santo. As conversas com são tocadas pelo Porto de Roterdã.

“As conversas que tivemos nesta semana foram muito boas. As negociações quanto à operação e à sociedade vão indo bem e as conversas com as empresas interessadas no negócio, mesmo elas tendo começado agora no dia 9 de abril (quando o memorando de intenções foi assinado com o governo do Estado), também estão andando. Teremos grandes clientes brasileiros e do restante do mundo. O projeto será um sucesso”, prevê Peter Lugthart, executivo responsável pelo projeto Porto de Roterdã Internacional.

Pedido de licença ambiental até agosto - Tão importante quanto atrair clientes, é obter a licença ambiental, sem ela não há quem feche negócio. Entre julho e agosto, a TPK, companhia responsável pelo projeto do Porto Central em Presidente Kennedy, entrará com o pedido junto ao Ibama.

Pelas contas dos executivos, as empresas interessadas em se tornar clientes do Porto Central só começarão a concretizar as suas intenções de fato assim que a licença prévia sair, o que deve acontecer em meados do ano que vem. Eles acreditam que a licença de instalação, que autoriza o início das obras, saia no início de 2014.

O governador Renato Casagrande, que ontem esteve com o prefeito de Roterdã, Ahmed Aboutaleb – a prefeitura tem 75% das ações do complexo e o governo da Holanda tem 25% –, disse que o Estado dará todo apoio que for necessário ao projeto. “Vim até aqui para manifestar o meu apoio ao projeto. Este porto eliminará um importante gargalo logístico nosso, e organiza os investimentos ao seu redor, ou seja, está de acordo com que o governo quer”.

Depois das duas fases prontas, o Porto Central terá 20 milhões de metros quadrados. O porto-indústria capixaba segue os moldes de Suape, em Pernambuco, e do Açu, que a LLX de Eike Batista constrói em São João da Barra, Norte fluminense. A intenção é atrair empresas interessadas em se instalarem na retroárea para usufruírem da infraestrutura logística. Os clientes podem ser estaleiros, mineradoras, petroleiras, montadoras, siderúrgicas e montadoras.

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