Grupo EcoRodovias compra as empresas do complexo Tecondi
Um mês e um dia após adquirir 41,29% das ações do complexo Tecondi – que engloba o Terminal de Contêineres da Margem Direita (Tecondi), a Termares e a Termlog –, o Grupo EcoRodovias comprou o restante dos papéis, o equivalente a 58,71%. O domínio das três empresas pertencia exclusivamente ao Grupo Formitex. O valor total do negócio, que foi fechado na última terça-feira, é de R$ 1,3 bilhão.
Pela aquisição do primeiro lote de ações, a EcoRodovias, holding que administra várias concessões rodoviárias, inclusive a do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), pagou R$ 540 milhões. Já o restante da transação custou R$760 milhões.
De acordo com o contrato firmado entre as empresas, a compra do restante das ações poderia ser feita em até 12 meses após a aquisição do primeiro lote. Segundo a EcoRodovias, o negócio foi antecipado por se tratar de uma compra estratégica para as atividades da holding.
A primeira mudança que aconteceu após a compra de 100% das ações do Tecondi foi a troca da presidência da empresa. Agora, o comando do terminal está a cargo de Luís Augusto de Camargo Opice, que ocupava o cargo de vice-presidente. Já o presidente Cesar Floriano, passou a integrar o Conselho de Administração do grupo.
Com os Ecopatios Cubatão e Imigrantes e as demais unidades da Elog Sudeste, a EcoRodovias conta agora com a maior retroárea do Porto de Santos, já que todas as unidades estão localizadas em um raio de até 200 quilômetros do Complexo Tecondi.
Esta condição permitirá a otimização das operações do cais e a transferência de parte do volume armazenado no terminal para essas áreas. A expectativa da empresa compradora é que o Tecondi possa operar 500 mil contêineres neste ano, um aumento de 61% sobre o volume operado no ano passado.
Para isto, a EcoRodovias prevê um investimento de R$ 100 milhões nos próximos dois anos, na compra de equipamentos para o terminal de contêineres. Entre os aparelhos que serão adquiridos estão portêineres, RTGs (empilhadeiras para a operação de contêineres) e sistemas operacionais.
O negócio foi pago com 30% de capital próprio e 70% de recursos de terceiros, que incluem a emissão de R$ 600 milhões em debêntures da Ecoporto, holding criada para controlar a operação.