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O que ninguém quer acreditar

Este ano que começou tranquilo, foi alvo de duas noticias que promoverão uma alteração brutal na movimentação de carga portuária em nosso estado.

A primeira com a noticia do volume de movimentação dos seis terminais especializados de contêiner, bem abaixo das expectativas de seus acionistas e a segunda e mais cruel é a publicação da resolução do Senado Federal nº 13 de 26/04/2012.

Para quem não acreditava na queda do volume o mês de junho termina com resultados que demonstram a real queda da movimentação dos portos catarinenses e do aumento de carga na movimentação portuária em Santos, tanto de carga a granel, nosso principal motor nas exportações, bem como a movimentação em contêineres, nosso principal combustível das importações.

O Porto de Santos aumentou em 10,2% a sua movimentação desde o começo deste ano, e passa a utilizar uma prática de reposicionamento de contêineres de importação estimulando a transferência de mercadorias dos navios graneleiros para os porta-contêineres. "Destacando-se nesse cenário o milho, com crescimento de 60%, e o açúcar, com 41%", afirmou o diretor de desenvolvimento comercial da Codesp, Carlos Kopittke. Reportagem de Portos e Navios de hoje.

A concentração de carga em Santos deve ser um fato que aumentará gradativamente, e alguns princípios norteiam a afirmação como:

- Sua capacidade produtiva e consumidora representada pelo seu PIB de aproximadamente 35% do Brasil;

- O termino do beneficio fiscal estadual de ICMS que permitiu inverter a logística de cargas de outras regiões para nosso estado;

- O aumento de seis terminais especializados no mesmo tipo de carga num raio de 200 km de Itajaí, desconsiderando o principio básico da hinterlândia de cada porto;

- O objetivo principal dos armadores, considerar um "HUB PORT" no Brasil, que sem duvida será no maior porto da América Latina e com isso diminuir custos de "banker";

- Atraso na preparação de infraestrutura portuária em portos regionais que permitiriam aumentar sua participação em uma segunda opção para um "HUB PORT";

A previsão para o termino deste ano e incio de 2013 para os portos catarinenses, após acompanhar os volumes movimentados e considerando o aumento  no tamanho dos navios que fazem parte da frota que atracam em nossos portos é reduzir em 40% a movimentação portuária.

Atualmente, os seis terminais já operam com um volume de carga abaixo de suas previsões sem sofrer o impacto das duas noticias que dominaram as manchetes do inicio do ano.

Neste ano os terminais movimentaram algo em torno de 85 mil unidades/mês, porém necessitariam de 120.000 unidades/mês, sem ainda  sofrer o reflexo da Resolução nº 13 do Senado.

Vamos torcer para um desfecho que não se confirme essa posição.

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