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Gurgel diz que condenação no mensalão é fazer justiça

BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quinta-feira que a condenação é a justiça no julgamento do processo do mensalão, que começa amanhã no Supremo Tribunal Federal (STF).

"As provas são contundentes e falam por si só. Confio que o Supremo julgará com justiça. E a justiça é a condenação", disse, no intervalo da sessão administrativa do tribunal.

Ele comparou também este julgamento ao do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que sofreu impeachment no Congresso mas depois foi absolvido pelo STF.

"No caso Collor se entendeu que não havia ato de ofício para condená-lo. Agora é diferente. Há diversos atos de ofício. Votar de acordo com a orientação do governo é um ato de ofício crasso", declarou.

Gurgel acrescentou que ainda não decidiu se irá pedir a suspeição do ministro do STF José Dias Tóffoli no julgamento. "É um tema que na devida oportunidade será tratado. Definirei até o início da sessão amanhã."

Tóffoli trabalhou no Palácio do Planalto com um dos pivôs do processo do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Foi ainda advogado do PT e e sua namorada, Roberta Rangel, advogou para o ex-deputado Professor Luizinho quando o Supremo aceitou receber a denúncia do mensalão em agosto de 2007.

Disse também que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que isentou Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, do desvio de dinheiro do banco para a empresa de publicidade de Marcos Valério de Souza, outro protagonista do caso, é equivocada, mas que não tem reflexo no caso. Nesta tarde, o TCU suspendeu essa decisão.

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