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Ações para crescimento da frota brasileira devem ser mais incisivas

Pode a sexta economia do mundo ir avante sem frota própria? É admissível que o Brasil tenha um déficit de fretes espantoso – que se avalia em US$ 15 bilhões por ano? O Governo acertou ao apoiar a construção naval, com encomendas para a estatal Transpetro e plataformas para a Petrobras. A navegação acaba de ganhar benefício, com o gasto com INSS limitado a percentual sobre o faturamento – o que ainda vai ao Senado e depois à sanção presidencial. O próximo passo tem de ser a formação de frota própria, através de incentivos.

As grandes empresas mundiais de navegação estão reagindo à crise a seu jeito. Algumas gigantes estabeleceram serviços conjuntos cada vez mais abrangentes – o que reduz a competição. Outros, como anuncia a Hapag-Lloyd para 15 de agosto, aplicam aumento de fretes (freight restauration).

Todas as potências têm um sistema de apoio. Os Estados Unidos tanto dão subsídios a sua modesta frota e estimularam empresas a usarem bandeira de conveniência. Outros países criaram sua segunda bandeira, com menores custos – casos de Alemanha e Noruega. E os asiáticos adotam normas obscuras para criar grandes frotas nacionais, cujos fretes variam de acordo com o interesse nacional. É o caso de Coréia, Japão e China. O Brasil tem de fazer algo, que pode ser o novo Registro Especial Brasileiro, chamado de Pró-REB. Não se pode admitir potência sem frota.

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