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Prejuízo com a greve chega a R$1 bilhão em SC

A paralisação de servidores que atuam na fiscalização de cargas e navios nos portos já soma prejuízo de mais de R$ 1 bilhão para indústria catarinense, segundo o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santa Catarina (Sindaesc). A greve também prejudica laboratórios e hospitais que dependem de remédios importados.

Nesta quarta-feira, em frente à Catedral de Florianópolis, houve uma manifestação unificada de 30 categorias paralisadas. Nos portos, embora a situação tenha melhorado, com a suspensão da greve dos fiscais do Ministério da Agricultura, a movimentação ainda não voltou ao normal.

_ A tendência é reduzir o prejuízo. Mas o impacto continua _ diz Marcelo Petrelli, presidente do Sindaesc.

Funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão parados. Conforme o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), das 400 empresas ligadas à entidade, 110 foram afetadas, 87% enfrentam problemas em aeroportos e 46% em terminais portuários.

A Receita Federal também segue em operação padrão, que atrasa a liberação das cargas importadas há dois meses. No Complexo Portuário do Itajaí-Açu, 82% do espaço destinado às cargas estava ocupado em Navegantes, e 79% em Itajaí.

Nesta quarta-feira, em reunião da Câmara de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos, disse que a greve é responsável pelo acúmulo de 14 mil contêineres parados à espera de liberação da Anvisa.

_ No momento, as condições estão sob controle. Estamos preocupados que possa faltar espaço na área primária, aí teremos caos operacional, porque os navios não poderão descarregar e vão ter que voltar.

Medicamentos ficam retidos sem a liberação da Anvisa

Conforme Ayres, há muitas reclamações de hospitais como Albert Einstein, Hospital das Clínicas de São Paulo e o Hospital do Câncer de Barretos. Um grande laboratório tem mais de cem liberações retidas por falta de atendimento da Anvisa, que tem apenas dois funcionários, de um total de 13, trabalhando em Itajaí.

_ Nosso país já tem um grande problema de competitividade, com infraestrutura precária. Quem é penalizado é o consumidor final. _ afirmou o presidente da Câmara da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
 

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