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Porto de Itajaí ameaçado

A movimentação de operários e a atividade de guindastes na reconstrução do Porto de Itajaí está parando. À espera de pagamento e de alterações no projeto executivo da obra, o consórcio contratado pela Secretaria Especial de Portos do governo federal tirou esta semana duas das três balsas de operação e reduziu a três a equipe que era de 10 engenheiros em Itajaí.

Parte dos 80 operários que atuam nas obras receberam aviso prévio de dispensa. Menos de 30 devem permanecer trabalhando. As informações contrariam declarações do ministro dos Portos, Pedro Brito, em entrevista publicada no Diário Catarinense, na segunda-feira passada.

– Esta obra está dentro do cronograma inicialmente previsto e deve ser concluída em seis meses – disse o ministro Brito, na ocasião.

Mas o consórcio TSCC, formado pelas empresas Triunfo, Serveng Civil San e Constremac, confirmou ontem um processo de desmobilização na obra por conta de um débito do governo federal com as empresas, desde março. O trabalho começou em fevereiro e, dos quase R$ 13 milhões aplicados até agora, cerca de R$ 5 milhões foram pagos ao TSCC.

– O consórcio não pretende abandonar o porto de Itajaí, só não podemos continuar arcando com os custos deste ritmo de trabalho – afirmou o engenheiro do TSCC, Paulo Müller, gestor do contrato.

De acordo com estimativas do consórcio, cerca de 70% dos entulhos do cais demolido foram removidos. As empresas previam, simultaneamente, preparar o estaqueamento do solo, mas esperam desde abril a aprovação para o aumento das estacas de 35 para 50 metros, a fim de garantir a estabilidade do novo cais.

Com as alterações necessárias aprovadas, o custo da obra subiria de R$ 174 milhões para R$ 220 milhões, e o tempo de execução passaria de seis para oito meses, a partir da retomada, segundo estimativas do TSCC.

O ministro dos Portos, Pedro Brito, manifestou ontem, por meio da assessoria de imprensa, que as barcaças do consórcio TSCC estão partindo porque a fase de remoção de entulhos está sendo encerrada para o início da reconstrução do cais. A SEP negou que haja problemas no repasse de recursos às empresas, informando que o pagamento é feito à medida em que são apresentados resultados em cada etapa. Brito irá se manifestar novamente sobre o assunto assim que houver uma decisão sobre o pedido de alterações no projeto da obra.

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