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Venda de importados despenca 60% e já demitiu 10 mil
A venda de carros importados recuou 59,9% em setembro deste ano, em relação ao mesmo mês de 2011. Em relação a agosto, a queda foi de 24,5%. No acumulado deste ano em relação ao do ano passado, a queda é de 32,4%. O último mês fechou com 9.042 unidades emplacadas, contra 11.975 unidades em agosto. Em setembro de 2011, foram emplacadas 22.569 unidades das marcas filiadas à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores).
Nos nove primeiros meses deste ano, foram vendidas 102.727 unidades, contra 151.853 no mesmo período de 2011. “O comportamento do mercado brasileiro por dados de market share nos mostra que o desempenho em setembro foi de 3,26% ante 7,69% em setembro de 2011. Ao comparar os totais do acumulado de 2012 e 2011, o nosso market share caiu de 6,01% para 3,85%”, afirma Flavio Padovan, presidente da entidade.
A entidade está animada em relação ao programa Inovar Auto, que atende parcialmente às suas expectativas. “É um avanço para o país, que nunca teve uma regulamentação desse porte antes. Ao exigir contrapartidas de investimentos em pesquisa, desenvolvimento, engenharia e capacitação de fornecedores, o decreto significa uma importante definição de política industrial ao polo automotivo brasileiro rumo à competitividade internacional”, avalia Padovan.
“No entanto, a diversidade de empresas dentro da Abeiva mostra que ainda não são todas as empresas que veem vantagens com o Inovar Auto para suas operações futuras. Para algumas, o teto máximo de 4.800 unidades por ano é visto como uma ação paliativa e as demais exigências, um obstáculo de crescimento.” Para o executivo, por cinco anos (de 2013 a 2017) o setor de importação de veículos estará em posição de desigualdade em relação aos produtos nacionais, do Mercosul e do México.
“Já perdemos 2012, que foi um desastre para o setor, que possuía uma rede de 882 concessionárias e contava com 35 mil trabalhadores. Hoje conta com 737 concessionárias e emprega 25 mil trabalhadores brasileiros. Mais de 10.000 trabalhadores perderam seus empregos. E esse quadro pode piorar ainda mais”, diz.