Após greve, governo fecha acordo com portuários
Reunidos no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (22/02), com o ministro da Secretaria de Portos (SEP), Leônidas Cristino, os presidentes das três federações nacionais: Eduardo Guterra, dos Portuários (FNP), Wilton Barreto dos Estivadores (FNE) e Mário Teixeira, dos Avulsos (Fenccovib) negociaram com o governo condições para suspender a paralisação, iniciada na manhã desta sexta-feira, em protesto contra determinações da Medida Provisória (MP) 595/2012, dos Portos.
O governo se comprometeu com os trabalhadores a não licitar terminais portuários ou fazer concessões até o dia 15 de março, data que serão concluídos os trabalhos da mesa de diálogo aberta com a categoria.
O relator da MP, senador Eduardo Braga, participará desse debate, já há uma reunião marcada para o próximo dia 1º.
Para o presidente da FNP, a conquista só foi possível graças à união e capacidade de mobilização dos trabalhadores. “O nosso movimento foi positivo porque as categorias lutaram juntas, por isso chegamos a um entendimento.
Somos a favor do desenvolvimento do setor portuário, mas com justiça social”, declarou.
Ficou acertado ainda que a SEP não vai encaminhar à Presidência da República propostas de decreto para regulamentar a MP 595/12.
O governo se comprometeu ainda a não apressar a tramitação da medida no Congresso Nacional, dando prazo para o debate.
No início da tarde, os portuários voltaram ao trabalho.
A paralisação atingiu os portos de Vitória (ES), Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Além desses, aderiram ao movimento os trabalhadores dos portos de Rio Grande (RS), Belém (PA), do Amazonas (AM), de Salvador e Candeias (BA), Recife,Suape (PE), Natal (RN) Maceió (AL) e Itaqui (MA).
Também estiveram presente na reunião de hoje Marcelo Aguiar, secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego e José Lopez Feijóo, assessor da Secretaria Geral da Presidência da República, o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, o vice-presidente da FNP Everandy Cirino e representantes de outras centrais.