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Porto de Itapoá capta R$ 330 mi com CCBs
A Itapoá Terminais Portuários concluiu uma captação de R$ 330 milhões, por meio de emissão de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs). A empresa, que tem como acionistas a Portinvest Participações S.A. (Grupo Battistella e o Logística Brasil FIP, fundo gerido pela BRZ Investimentos) e a Aliança Navegação e Logística (do Grupo Hamburg Süd), usará os recursos para a conclusão das obras do porto de Itapoá, empreendimento privado, localizado no norte de Santa Catarina.De acordo com o superintendente do porto, Gabriel Ribeiro Vieira, todo o empreendimento receberá investimentos de R$ 450 milhões. Os R$ 330 milhões da operação, sob a forma de Project Finance, serão usados em obras físicas e para compra de US$ 60 milhões em equipamentos. Atualmente, 30% da obra está concluída.
A operação com CCBs substitui um financiamento que o porto negociava com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo Vieira, não houve qualquer problema em conseguir as garantias do BID. "Todas as garantias foram fornecidas. O processo estava em andamento dentro da normalidade. Havia expectativa de que os recursos fossem liberados em breve, mas a operação com CCBs foi mais rápida". Ele explica que a substituição tem relação com a "necessidade de dar agilidade à obra". "Não tínhamos o prazo final garantido pelo BID", afirmou.
A operação foi estruturada pelo Banco BVA, sob coordenação financeira da Previplan Consultoria e jurídica da Machado, Meyer, Sendacz e Ópice Advogados. Os papéis têm prazo de 10 anos, sendo três anos de carência e foram adquiridos pelos fundos de pensão Petros e Funcef, em partes iguais. O volume de R$ 330 milhões é similar ao que estava em negociação com o BID, mais dois bancos e um fundo de investimentos. Vieira também diz que os custos são similares aos da operação com o BID, mas não revelou o valor das taxas dos CCBs. Os papéis constituíram também uma alternativa frente aos financiamentos bancários tradicionais, que seriam mais custosos.
O porto de Itapoá foi anunciado em 2005 e tem previsão para começar a operar em 2010. Será o quinto porto de SC. O empreendimento tem capacidade instalada para movimentar mais de 300 mil contêineres/ano em sua primeira fase e terá condições para operação de navios de grande porte, em razão do seu calado de 16 metros, maior do que o dos demais portos de SC.