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Erro de Dilma: portos brasileiros andam para trás

Poderiam ser mais e melhores os avanços na intenção da presidenta Dilma Rousseff de modernizar os portos brasileiros se tivesse evitado os tropeços ruidosos já no seu primeiro passo, quando colocou em ação o processo de arrendamento de áreas portuárias.

A atmosfera de judicialização e gritaria setorial e política até de aliados expõe que a centralização das decisões não é um caminho suave nem eficaz, para fazer com que o setor tenha o tamanho do país. Por isso, o governo foi obrigado a puxar o freio de mão para reavaliar o seu projeto com erros elementares de origem.

Os fundamentos dos projetos da privilegiada Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), autorizada pela Portaria n° 38 da Secretaria de Portos (SEP), atropelam a escala, a produtividade e, obviamente, aumentam os custos.

E sobre as divergências com o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Paranaguá (Paraná), por causa das soluções propostas nos estudos da EBP, o secretário de Planejamento da SEP, Rogério Menescal, admitiu ao jornal “O Estado de S.Paulo”, que "há diferença conceitual".

Na matéria "Governo perde apoio até de aliados nos projetos para portos", de 9 de outubro último, o periódico paulista faz uma competente análise sobre o clima de desacertos do governo Dilma para dar competitividade aos portos nacionais.

Acontece que estão sendo cometidos os mesmos erros do passado. Não seguimos em frente, mas para trás.

Engana-se quem pensa que é possível introduzir inovação, aumentar a produtividade e a eficácia a partir dos custos sem a participação regional.

O problema dos portos brasileiros é a qualidade das suas diretorias que não vai ser resolvida com a centralização das decisões, modelo desaprovado por todo porto de sucesso no mundo.

 

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