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PF cumpre mandados de busca e efetua prisões em operação no Porto de Santos

A Polícia Federal tem em mãos 24 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária resultados de investigações ligadas à Operação Encarnação. A iniciativa combate descaminho, sonegação fiscal e evasão de divisas praticados por despachantes aduaneiros, agentes de carga e grupos empresariais no Porto de Santos e na capital paulista.

Os profissionais estariam envolvidos em esquema que teria feito mais de R$ 500 milhões em divisas saírem do Brasil sem registro. A investigação começou em 2010. "Identificamos remessas de maneira suspeita", afirmou o chefe da delegacia da Polícia Federal em Santos, Júlio Cesar Braida. Segundo ele, foram feitas interceptações de documentos e análise de produtos.

Os investigadores perceberam a existência de um esquema de introdução clandestina de mercadorias no Brasil, caracterizada por importações realizadas por meio de empresas alugadas ou de fachada, ocultando da contabilidade quem realmente realizava as importações.

Empresas de despachos aduaneiros junto com despachantes credenciados pela Receita Federal que ofereciam esse tipo de serviço promoviam o esquema. Assim, os clientes tinham garantido a redução nos custos de importação como consequência do desvio e da sonegação fiscal. Paralelamente, revelou-se que um dos grupos investigados vinha promovendo um esquema de remessa ilegal de divisas em benefício de empresários chineses de São Paulo.

A partir da simulação, contratos de câmbios eram firmados pelas vias oficiais para o pagamento dos supostos prestadores dos serviços na China, o que garantia o envio do recurso. Esses empresários chineses aproveitavam também de um grupo de agência de turismo com sede na capital paulista para a remessa ilegal de recursos, neste esquema, as operações de importação eram simuladas por meio da elaboração de falsos documentos, que eram utilizados para ajudar a contratação de operações de câmbio para o pagamento dos supostos exportadores.

Para evitar o rastreamento dos reais interessados nessa operação, contas correntes de pessoas físicas e jurídicas inseridas, os chamados "laranjas", obtidas pelas agências de turismo utilizadas para transitar os recursos financeiros. Segundo a polícia, é estimado que, nos últimos dois anos, os grupos envolvidos enviaram ilegalmente mais de US$ 500 milhões ao exterior.

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