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Maestra anuncia fim de suas Operações!

Noticia publicada em 10/12/2013

A Marinha Mercante brasileira se despede ainda neste ano de uma de suas parceiras, a MAESTRA Navegação e Logística anunciou no dia 27 de novembro o encerramento de suas operações, empresa genuinamente brasileira que atuou por dois anos na navegação de cabotagem e logística, em portos como Navegantes (SC), Santos (SP), Salvador (BA), Suape (PE), Fortaleza (CE) e Manaus (AM), sua publicação de resultados como grupo listado na Bovespa apresentava prejuízos em suas operações,

 A MAESTRA possuía quatro navios de tamanhos entre 1.100 e 1600 teus e operava na cabotagem desde 2011.

A navegação, e em específico o transporte de cargas conteinerizadas, é uma atividade intensiva de capital e com margens reduzidas.

Assim como acontece na navegação internacional, em que os operadores buscam cada vez mais a redução de custos, em especial o consumo de combustível.

Para obter maiores lucros, a concorrente, Aliança Navegação, importou e colocou em operação quatro navios novos de 3.800 teus em 2013.

O custo unitário para este operador é o novo padrão para o mercado de cabotagem brasileiro.

Diante dessa realidade, navios antigos e pequenos não teriam futuro. Acompanhar os novos tempos exigiria grandes somas de investimento que, talvez, para o grupo Triunfo Participações e Investimentos (TPI) não sejam exatamente o foco principal dos seus negócios.

Tudo isso, no entanto, não invalida a contribuição valiosa da Maestra para este mercado.

Serve para chamar a atenção do governo brasileiro que o modal requer sim atenção e ajuda.

O custo do combustível, que representa mais de 50% do custo operacional, é o fator mais preocupante para as empresas que atuam no Brasil, com cargas elevadíssimas de impostos seus custos acabam não sendo competitivos.

Portanto, o modal de transporte mais eficiente e econômico do mercado continua sendo penalizado pelo descaso de nossos governantes.

A solução para o custo de combustível, bem como da burocracia que atrapalha seu avanço, para ficarmos somente com dois itens, está ao alcance da caneta governamental.

É apenas uma questão de definir a prioridade.

Cabe ao governo se continua investindo somente em rodovias, ou se atende à navegação, uma vez que este modal é o único que se mostra viável a grandes distancias, que é justamente o caso de nosso pais de dimensões continentais.

Embora o mercado tenha um operador a menos, os demais operadores – Aliança, Log-In e Mercosul Line – deverão acomodar seus volumes, dentro das suas limitações operacionais e de preço.

Porém,  não se pode esperar o mesmo ritmo de crescimento do setor para 2014 e 2015.

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