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Concessões impulsionam crédito à infraestrutura

A rodada de concessões realizada pelo governo desde o ano passado deve impulsionar os financiamentos na área de infraestrutura.

Com mais espaço no balanço em razão da queda na inadimplência e com condições mais atraentes, os bancos comerciais demonstram maior apetite em aumentar os empréstimos no setor e assumir mais risco em seus balanços.

O volume total de projetos em análise é estimado por algumas instituições em até R$ 370 bilhões dos quais 70%, ou R$ 260 bilhões, podem ser financiados.

São investimentos de longo prazo, com maturidade que pode chegar a 20, 30 anos.

Apesar da carência histórica de investimentos no setor, calculada em até R$ 1,5 trilhão, uma possível falta de dinheiro para o financiamento das obras não é apontada como um problema imediato, pelo menos considerando o atual programa de concessões.

Como não contam com alternativas de captação de longo prazo competitivas, os bancos devem concentrar a atuação em repasses de linhas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social).

No ano passado, apenas os empréstimos nas áreas de logística e energia no BNDES movimentaram R$ 28,4 bilhões. Até 2016, os desembolsos devem chegar a R$ 44 bilhões, um aumento de 55%. Aproximadamente um terço desse valor deve ser repassado por outras instituições.

Um dos principais financiamentos à infraestrutura fechados em 2013 foi o das obras do aeroporto de Guarulhos, de R$ 3,48 bilhões.

A operação foi viabilizada com recursos do BNDES, que emprestou diretamente R$ 2,4 bilhões à concessionária GRU. O restante foi repassado por um consórcio de cinco bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC e Itaú.

A avaliação é que os recursos do BNDES serão suficientes para fazer frente ao aumento na demanda por recursos, e o próprio banco já sinalizou que vai priorizar a área de infraestrutura se necessário.

A conta só fica mais difícil de fechar se forem incluídos setores como de petróleo e gás, cujos investimentos esperados são da ordem de R$ 580 bilhões.

Os recursos do BNDES, diretamente ou por repasses, devem ser responsáveis por até 70% dos investimentos nas concessões.

Os outros 30% devem se dividir entre o capital próprio dos acionistas e recursos do mercado de capitais, com a emissão de debêntures de infraestrutura.

O principal atrativo dos títulos é a isenção de imposto de renda para pessoas físicas e investidores estrangeiros.

 

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