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Estudos da EBP são duramente criticados em Paranaguá

A audiência pública realizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no dia 21 último, em Paranaguá (PR), confirma o que Portogente vem denunciando desde que a Secretaria de Portos (SEP) fez uma portaria “prêt-à-porter” para a empresa Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), que terá a responsabilidade de fazer os projetos de arrendamentos dos portos brasileiros.

Não tem “lastro ouro” e estrada no setor. Deu no que deu.

Numa audiência que reuniu mais de 600 pessoas para debater os processos licitatórios dos arrendamentos do Porto de Paranaguá a proposta do governo federal só levou pau.
 
Todos os setores envolvidos na atividade portuária fizeram questão de ressaltar que os estudos anteriores sobre o aproveitamento de áreas no terminal foram ignorados.

As reclamações à EBP pela Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABPT). Sua gerente de projetos Luciana Guerise destacou a superficialidade dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs) feitos pela protegida do ex-ministro Leônidas Cristino.

"Os estudos não têm exatidão de áreas, não apresentam listas de inventário - o que impossibilita que quem adquire a área saiba o que consta. Apresentam ainda erros de valores. Enfim, eles cometem erros primários e ignoram os planejamentos e estudos que já estavam prontos (tanto da Appa, quando das empresas interessadas em investir)", afirma Luciana Guerise.

Para o diretor técnico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke, se ficar da maneira que foi proposto, o processo de arrendamento será uma perda de oportunidade de expansão e melhora da produtividade do Porto de Paranaguá.

Segundo ele, ao invés de ampliar, a proposta federal estaria concentrando o número de operadores.

O secretário estadual de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, disse que as manifestações da comunidade convergem com o posicionamento do governo estadual:

"Saio satisfeito daqui hoje porque as manifestações que ouvimos nos dão a certeza de que estamos no caminho certo.”

Ao ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, presente à audiência só restou dizer é importante a proposta ser submetida à discussão, “buscando a convergência de interesses e a construção de um consenso”.

A proposta da EBP também foi criticada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

 

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