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Pescadores e indústrias planejam fechamento do Porto de Itajaí para exigir rótulos de pescados

O bloqueio da barra do Porto de Itajaí, por tempo indeterminado, é uma das estratégias planejadas por representantes de armadores, indústria e trabalhadores da pesca no Litoral Norte de Santa Catarina. Programado em conjunto pelos três sindicatos do setor, o locaute é resposta ao cancelamento de rótulos de produtos de origem animal derivados do mar, pela Dipes (Divisão de Vigilância de Pescados) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
 
Protesto semelhante está previsto para o porto pesqueiro de Laguna, Sul do Estado. O prejuízo com o cancelamento da rotulagem de pescados em Santa Catarina causa prejuízos de cerca de R$ 100 milhões, conforme cálculos do Sindipi (Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região). O setor emprega 60 mil pessoas, direta e indiretamente. 
 
Detalhes da greve no mar foram discutidos nesta quinta-feira, em reunião extraordinária entre o vice-presidente do Sindipi, Fernando Pinto das Neves; o presidente do Sitipi (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Pesca de Itajaí), Jutacy Leite; e o presidente do Sitrapesca (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Pesca de Santa Catarina), Manoel Xavier de Maria. 
 
Os três setores reivindicam a imediata normalização das atividades de processamento do pescado nacional nas indústrias catarinenses. Em Itajaí, indústrias e pescadores decidiram esperar somente até o início da próxima semana pelas negociações entre os ministérios da Pesca e da Agricultura. “Vamos dar mais um voto de confiança aos esforços do ministro Eduardo Lopes [da Pesca], para resolver as restrições à produção”, diz Neves. 
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