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Santa Catarina amplia mercado de frigoríficos na Rússia

Mais um frigorífico e dois entrepostos catarinenses estão habilitados a retomar a venda de carne suína para a Rússia.

O frigorífico Pamplona, de Rio do Sul, e os entrepostos DKN e Iceport, dos portos de Navegantes e Itajaí, juntam-se aos de Seara Cargill e Pamplona, de Presidente Getúlio, no Vale do Itajaí, na retomada da exportação.

A inserção de novas unidades estaduais foi comemorada pelas entidades do setor.

O comunicado de que o Estado conta com três frigoríficos e dois entrepostos aptos a vender carne suína aos russos foi feito ao Ministério da Agricultura pelo governo da Rússia na terça-feira.

Segundo o chefe do Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Sergey Dankvert, a decisão está baseada nas garantias do serviço veterinário brasileiro em relação ao cumprimento das exigências veterinário-sanitárias russas, e nas condições vigentes para a exportação de produtos à Federação da Rússia a partir dos frigoríficos brasileiros.

O secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, endossa o argumento do governo russo e estima que novos frigoríficos catarinenses passem a integrar a lista de exportadores para o país.

Neste ano, uma lista de nove unidades auditadas foi entregue às autoridades russas. Destas, cinco já conquistaram o aval para a exportação.

— Espera-se, para as próximas semanas, que o processo desta modalidade de habilitação continue e que, cada vez mais, se intensifique. Estamos confiantes que, no futuro, se torne uma rotina entre os dois países — afirmou Kroetz.

Para o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza, a retomada da exportação retira um questionamento latente desde o fechamento do mercado à carne suína catarinense, em dezembro de 2005.

— A expectativa é que novos frigoríficos sejam reabilitados a exportar a carne suína — disse Souza.

A opinião é compartilhada pelo diretor técnico da Associação Brasileira da Carne Suína (Abipecs), Fabiano Coser.

Mesmo comemorando a reinserção dos catarinenses, o presidente da ACCS apontou que a habilitação ao mercado russo não soluciona um dos maiores ma problema da suinocultura, a moeda cambial.

— Enquanto o preço do produto não melhorar, não teremos como remunerar a cadeia produtiva e tampouco gerar lucro ao suinocultor.

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