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Imbituba vira menina dos olhos da Santos Brasil

O terminal de contêineres de Imbituba, em Santa Catarina, vai se tornar a menina dos olhos da Santos Brasil, maior operadora portuária de contêineres da América do Sul, que administra vários terminais espalhados do Brasil e tem em Santos seu principal negócio. É o que deu a entender o diretor adjunto de Relações com Investidores da empresa, Marcos Tourinho, ao informar que a maior parte do investimento da empresa em 2010, entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões, irá para a ampliação no terminal catarinense.

A companhia deverá iniciar a construção do segundo berço do cais de Imbituba, que vai passar de 350 metros para 650 metros, além de concluir as obras iniciadas neste ano, responsáveis pela ampliação da área e da retro área de armazenagem do porto em 120 metros. Com isso, o Capex para 2010 será "bem inferior" ao deste ano.

Em 2009, a Santos Brasil prevê investir R$ 190 milhões, dos quais R$ 100,8 milhões já foram desembolsados de janeiro a junho. "Esse valor inclui a ampliação que fizemos no Porto de Santos, com construção de novo berço e retro área. Agora, boa parte das ampliações e investimentos no Porto de Santos já foram feitos", explicou. Segundo Tourinho, a companhia investiu cerca de R$ 1,6 bilhão nos últimos dez anos no Porto de Santos, sendo mais de R$ 1 bilhão de quatro anos para cá. "Agora, a tendência dos investimentos é cair em relação aos últimos anos", afirmou o diretor.

Segundo Tourinho, a Santos Brasil está focada em suas novas operações, como a de Imbituba, mas não descarta participar de outras licitações. Atualmente a que mais interessa à empresa é a de Manaus, por ter sinergia com o porto de Vila do Conde, no Pará. Segundo a Secretaria Especial de Portos, existem cerca de 100 contratos de arrendamento de terminais e armazéns que expiram até 2013.

De acordo com o diretor de RI da Santos Brasil, também é esperado que os portos de Suape e Salvador façam licitações de terminais de contêineres. "A gente ouve que existe essa vontade, mas não sabemos prazos. Dependerá muito da força política do estado", afirmou. Já os portos da Santos Brasil vencem somente daqui a 25 anos, renováveis por mais 25 anos, a partir de 1997.

Em relação à negociação com os armadores, cujos contratos bi-anuais vencem em dezembro, a empresa disse que deverá iniciá-la entre outubro e novembro. Os armadores, que pagam para a Santos Brasil realizar o embarque e o desembarque dos contêineres nos navios, respondem por 60% a 65% da receita da companhia. Cada contêiner cheio custa, em média, R$ 500 e os armadores forçam a queda desses preços. "Vamos esperar para ver o que ocorre com o volume e com o mercado internacional. Por enquanto estamos conseguindo manter o preço, sem perder nenhum cliente", afirmou.

O volume comercializado de energia totalizou 2.050 giga watts hora contra 1.790 giga watts hora no segundo trimestre de 2008, aumento de 14,5%. No mês de junho de 2009, a área de comercialização superou os 1.000 mega watts médios, volume histórico que supera o recorde anterior obtido em março deste ano, que chegou a 968 mega watts médios.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrado no segundo trimestre deste ano atingiu R$ 344,3 milhões, crescimento de 6,5% em relação a igual período do ano anterior. Na geração, o Ebitda totalizado foi de R$ 165,8 milhões neste semestre, aumento de 41,1% em igual comparação. Segundo a empresa, este resultado é devido principalmente pela consolidação da Lajeado, consolidada por meio da permuta de ativos. "Estamos confiantes em atingir nossa meta para o final deste ano, tanto no lucro líquido quanto no Ebitda", acrescentou Abreu.

De acordo com a companhia, além de aproveitar as oportunidades no segmento de curto prazo, o crescimento também é fruto dos contratos vendidos no Leilão de Ajuste. O plano de negócios da empresa prevê que este crescimento na capacidade de geração ampliará, até 2012, a capacidade instalada total para 2.116 mega watts. "Mantivemos a estratégia de crescer no segmento de geração por meio de uma abordagem seletiva de projetos", concluiu.

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