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TCP vai investir R$ 1,1 bi em expansão

 Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), no porto público de Paranaguá (PR), deu mais um passo para tirar do papel seu ambicioso plano de expansão e se firmar no "top 3" da movimentação de contêineres no país.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou na semana passada a renovação do contrato por mais 25 anos a partir de 2023, quando o prazo do arrendamento expira.

Em troca, o TCP irá desembolsar R$ 1,1 bilhão em duas fases.

A possibilidade está prevista na Lei dos Portos, aprovada em 2013. Pode ser aplicada apenas aos contratos vigentes que tenham cláusula de renovação ainda não usufruída, e desde que a empresa invista em expansão de capacidade.

A decisão final cabe à Secretaria de Portos (SEP), responsável pela assinatura do aditivo contratual.

As antecipações aprovadas pela Antaq estão em análise na SEP, que já acenou com a intenção de autorizar esse arranjo - o mecanismo mais rápido para deflagrar os investimentos em portos públicos no novo marco regulatório.

O planejamento é que R$ 543 milhões sejam investidos entre 2016 e 2018 no TCP, aumentando em quase 70% a capacidade anual de movimentação - de 1,5 milhão de Teus (contêiner de 20 pés) para 2,5 milhões de Teus.

O cais será ampliado em 220 metros, para 1.099 metros, permitindo que até três navios com 300 metros de extensão ou mais atraquem ao mesmo tempo, o que não ocorre hoje.

Os atuais "dolphins" (estrutura de atracação de navios que levam veículos) serão substituídos e o pátio será expandido de quase 320 mil para 500 mil metros quadrados.

A previsão é que a nova configuração seja inaugurada no fim de 2018, salvo atraso com os trâmites burocráticos, como licenciamento ambiental.

Outros R$ 550 milhões serão aportados ao longo de 35 anos, para modernização de equipamentos - cerca de R$ 15 milhões ao ano para repor a frota de guindastes de pátio e de cais.

Os acionistas do TCP são o fundo de private equity Advent International, a Pattac Empreendimentos e Participações, a TUC Participações Portuárias, a Soifer Participações Societárias, o Group Marítim TCB S.L. e a Galigrain.

O TCP ocupa o segundo lugar no ranking nacional de movimentação, atrás apenas do Tecon Santos, da Santos Brasil, apesar de não ser o segundo maior terminal de contêineres em dimensão física do país.

Deve encerrar o ano com 820 mil Teus operados, alta de 6% sobre 2013, ostentando uma das maiores produtividades médias do país por navio: 85 movimentos por hora. "Mas isso não é suficiente, os requerimentos vão continuar subindo porque os navios vão continuar aumentando de tamanho.

Por isso o investimento é necessário", diz o principal executivo do TCP, Luiz Antonio Alves.

Segundo ele, a hora parada de um navio de grande porte custa cerca de US$ 6 mil.

Apostando em navios cada vez maiores, os armadores têm firmado consórcios.

Dividem o espaço da mesma embarcação para atracar em menos e maiores portos - e o TCP quer continuar sendo um deles no país.

Hoje existem quatro grandes alianças globais de armadores nos principais tráfegos marítimos internacionais, fenômeno que já está acontecendo em alguns serviços que escalam o Brasil.

A Antaq também aprovou na semana passada a antecipação do contrato da Triunfo Logística, que opera carga geral no porto do Rio.

A empresa irá investir R$ 101 milhões para ter renovado o contrato por mais 20 anos, a partir de 2017.

Já tinha dado aval para a ADM, do Tecon Santos, e da Ageo, em Santos; e da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), no porto de Itaguaí (RJ).

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