Portal TPA
Sem receber salários, trabalhadores do setor petroleiro fazem nova mobilização em Itajaí
Sem definição sobre o pagamento dos salários deste mês, trabalhadores do grupo Amal fizeram uma nova manifestação em frente ao terminal Teporti (onde funciona a companhia) nesta quarta-feira em Itajaí.
Os empregados disseram que vão manter a mobilização até que a situação seja resolvida.
Desta vez apenas alguns funcionários do Consórcio MGT, que na terça paralisaram as atividades em solidariedade aos colegas, permaneceram do lado de fora da empresa.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, Material Elétrico e da Construção Naval de Itajaí e Região, Oscar João Cunha, disse que a Amal informou que deve receber nesta quarta os valores para quitar os salários, atrasados desde a última sexta-feira. No entanto, Cunha explica que a empresa não comentou sobre a garantia dos empregos.
— Ainda estamos aguardando. O representante da Amal me disse que o dinheiro deve entrar hoje (quarta-feira) para ser transferido aos empregados — conta.
A funcionária da Amal Daniele dos Santos confirma que a empresa prometeu pagar os salários entre hoje e amanhã, até lá os trabalhadores continuarão em protestando.
::: Leia todas as notícias da Operação Lava-Jato
Entenda o caso
- Os empregados da Amal — grupo português que fabrica módulos para plataformas de petróleo da Petrobras — afirmam estar sem receber o último salário.
Segunda-feira, um grupo menor fez uma mobilização em frente à empresa para buscar esclarecimentos.
- Sem resposta, dezenas de pessoas retornaram na terça ao local para protestar. Desta vez os funcionários do Consórcio MGT se solidarizaram aos colegas e decidiram paralisar as atividades.
- O grupo teme perder os empregos em função da crise que atinge o setor, depois das denúncias feitas contra a Petrobras na Operação Lava-Jato.
- Em entrevista ao Sol Diário na terça-feira o diretor-presidente da Amal no Brasil, Sandro Picchio, comentou que a empresa fechou um acordo com a Integra (que terceirizou para eles a construção dos módulos da plataforma).
Picchio disse que a Integra ficou de depositar o valor referente ao salário até a próxima quinta-feira.