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APM, da Maersk, planeja rede de terminais no Brasil

A APM Terminals, braço de operação portuária do grupo dinamarquês Maersk, quer ter uma “rede de terminais no Brasil”, disse o diretor de desenvolvimento de negócios da APM Terminals para América Latina, Julián Fernández.

A empresa já opera no país três ativos: é sócia da Brasil Terminal Portuário (BTP), no porto de Santos, e arrendatária de terminais nos portos de Itajaí (SC) e Pecém (CE). “Queremos ter uma proposta balanceada no Brasil, uma rede de terminais robusta para oferecer alternativas melhores que a concorrência para os armadores”, disse.

Hoje o interesse mais próximo é na licitação do novo terminal de Suape (PE) e na do novo terminal de Manaus (AM). "Só que os editais ainda não saíram e como estão nos blocos 3 e 4 do governo, deve levar mais um ano, um ano e meio”, disse o executivo, referindo-se ao pacote de arrendamentos portuários do governo, dividido em quatro blocos – somente neste mês o Tribunal de Contas da União aprovou os estudos para a publicação dos editais do primeiro bloco (29 áreas em Santos e no Pará).

A APM opera 65 terminais portuários em 38 países. Eles encerraram 2014 com 38,3 milhões de Teus (contêiner de 20 pés) movimentados.

Na América Latina, a APM tem também a concessão de um terminal no Peru e outro na Argentina. Com as atuais operações, a empresa movimenta hoje 1 milhão de Teus no subcontinente, na medida da sua participação em cada ativo. Em dois anos, triplicará o volume na região com os novos terminais – está terminando a construção de um terminal no México e outro na Costa Rica.

A empresa, constituída em 2001 de forma independente dentro do grupo, opera tanto navios da Maersk Line como de outros armadores e investe hoje em países em crescimento. Quer ajudar a reduzir o “gap”, diz Fernández, da infraestrutura portuária na região.

“Temos comprometidos investimentos de US$ 2,5 bilhões de 2012 a 2017 nesses projetos. Se acharmos projetos muitos bons, não temos problema em fazer novos investimentos”. Segundo ele, a média da produtividade da movimentação de contêineres por hora em um navio na América Latina é quase metade da praticada nos melhores portos do mundo: 60 movimentos por hora contra 120 movimentos por hora, com picos de excelência de 150 movimentos por hora em terminais asiáticos.

Os dados, contudo, dizem respeito a 2013. No ano passado, o Tecon Santos, terminal da Santos Brasil, no porto de Santos, consolidou a média de 100 movimentos por hora por navio.

Mas, segundo Fernández, os terminais de contêineres na América Latina padecem da falta de regularidade na produtividade. “Não adianta fazer 200 movimentos por hora num dia e depois 20 movimentos por hora”.

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