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Porto de Itajaí vai perder receita de R$ 1,3 milhão por mês a partir de setembro

A superintendência do Porto de Itajaí está em busca de operadores portuários interessados em ocupar o pátio dos berços 3 e 4. O espaço, que há cerca de um ano e meio era usado pela APM Terminals para manter contêineres, será devolvido em setembro pela arrendatária e a autoridade portuária perderá o equivalente a R$ 1,3 milhão por mês, que são pagos pelo uso.

Considerando que os custos mensais da superintendência chega a R$ 6 milhões, contando folha de pagamento, responsabilidades ambientais, fiscalizatórias e dragagem, o rombo chega a 20% no orçamento.

O pedido reiterado na semana passada, para que o governo federal assuma os custos de dragagem em Itajaí, é o plano da autoridade portuária para não ficar no vermelho. O problema é que esta foi a terceira vez que a solicitação foi feita desde fevereiro, e até agora não houve resposta da Secretaria Especial de Portos (SEP). Com a proximidade do prazo de entrega do espaço pela APM, cresce a preocupação.

O espaço que ficará vago é de uso não exclusivo e foi aberto a qualquer operador pelo Porto de Itajaí, em 2013, desde que fossem pagos um “aluguel” de R$ 900 mil e custos de manutenção, que somados chegam aos R$ 1,3 milhões desembolsados pela APM todo mês.

A arrendatária do porto decidiu fazer a devolução por falta de contêineres para colocar no espaço (a partir deste mês a APM deve perder 50% das atracações).

O fato de não serem possíveis atracações no local, já que os berços 3 e 4 estão em obras de reforma e realinhamento, tem afastado novos interessados.

A cargo da Antaq

A abertura do pátio dos berços 3 e 4 para uso não exclusivo da APM ocorreu após a receita da superintendência com armazenagem de contêineres ter caído de R$ 42 para 2 milhões de 2008 para 2012.

Na época, uma medida havia incentivado a armazenagem de cargas de importação em outros terminais retroportuários mediante taxas mais baratas, como forma de desafogar o pátio do Porto de Itajaí _ então cheio.

Recentemente publiquei por aqui que, diante da queda na arrecadação, a autoridade portuária resolveu questionar à Antaq se essa retirada de contêineres atende aos pré-requisitos legais. A agência está avaliando o caso e pode disciplinar esse tipo de transação _ o que, dependendo do resultado, poderá trazer sérios prejuízos para alguns terminais locais.

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