Portaria da Marinha exige simulação para autorizar entrada de navios fora dos parâmetros em Itajaí
O imbróglio que envolveu o navio Trancura, impedido de entrar semana passada no Complexo Portuário do Itajaí-Açu pela Marinha, resultou na expedição de uma nova portaria por parte da autoridade marítima. A partir de agora, qualquer navio que não se enquadre nos padrões estabelecidos só poderá ter a manobra autorizada se for apresentada simulação de operação em uma embarcação similar.
A medida tem impacto direto nos custos dos terminais de Itajaí e Navegantes, já que as simulações são feitas fora do país e custam algumas centenas de dólares – o que pode desestimular a inclusão de novas linhas e serviços nos portos, em momento de retração na economia.
Em tese, o próprio navio Trancura (que acabou recebendo uma autorização temporária de entrada, válida para apenas uma manobra), não poderá entrar sem o aval da simulação porque tem 20 centímetros a mais de boca (largura) do que os parâmetros estabelecidos pela Marinha. A próxima manobra de uma embarcação que tem as mesmas dimensões do Trancura está marcada para o dia 12 de dezembro.
A boa notícia da portaria é que a Marinha voltou a autorizar oficialmente as manobras de navios de até 287 metros de comprimento e 41 de boca durante a noite. Em setembro a falta de pedido oficial da autoridade portuária fez a Marinha suspender os testes com navios nesses parâmetros, o que provocou mais um entrave nas operações.