Porto paranaense busca modernização para competir com Santa Catarina
Diante da situação econômica atual e da concorrência com os portos catarinenses, o Paraná está se vendo obrigado a investir no setor portuário. Nos últimos dez anos, o estado paranaense viu boa parte dos navios com potencial de atracar em seu litoral procurar outras opções portuárias para carregar os produtos, seja para exportação ou para descarregar o que vem do exterior.
Boa parte das mercadorias seguiram para os terminais catarinenses, três deles administrados pela iniciativa privada (em Navegantes, Itapoá e Imbituba), que ampliaram as possibilidades de escolha de quem precisa importar ou exportar e, junto com os portos de São Francisco do Sul e Itajaí, formaram um verdadeiro corredor logístico à beira-mar, comparável aos mais eficientes modelos europeus.
Por isso, um projeto que demorou mais de 15 anos para sair do papel está em fase de lançamento. A expectativa é que Porto Pontal amplie em 55% a capacidade portuária do Paraná, que passaria de 45 para 70 milhões de toneladas. Com investimento aproximado de R$ 1,5 bilhão, o Terminal Portuário Porto Pontal ocupará um espaço de mais de 600 mil metros quadrados e contará com um pátio de 450 mil metros quadrados, a maior área para depósito de contêineres do país. O novo porto prevê ainda a geração de mais de sete mil empregos diretos e indiretos.
No segundo trimestre de 2015, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os portos brasileiros movimentaram 255 milhões de toneladas. Do total, 65% passaram pelos terminais privados. Enquanto os portos organizados apresentaram uma queda de 0,7% comparado com o mesmo período de 2014, os TUPs registraram um aumento de 6,1%.
Com a crise que a economia brasileira atravessa, os terminais privados se apresentam como uma saída para atrair investimentos, além de gerar empregos e proporcionar mais competitividade, eficiência e desenvolvimento para os complexos marítimos do país.