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Reforma dos berços de atracação do Porto de Itajaí para por falta de pagamento

As obras dos berços de atracação 3 e 4 do Porto de Itajaí pararam de vez por falta de pagamento. A empreitada é responsabilidade do governo federal e o último repasse à construtora ocorreu em abril, quando foram pagos os valores referentes às medições de julho a setembro do ano passado. 

A construtora Serveng, que venceu a licitação para os trabalhos, ainda tem R$ 8 milhões a receber. Nos últimos meses, a empresa demitiu mais da metade dos funcionários em Itajaí e o trabalho até agora seguia a conta-gotas. 

A obra vai fazer com que, ao invés de quatro berços separados, Itajaí tenha um grande cais de atracação com mais de mil metros de extensão _ espaço suficiente para receber os maiores navios cargueiros que atuam na costa brasileira. A empreitada começou em janeiro e tinha prazo de 18 meses para conclusão. 

O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Junior, tem tentado convencer Brasília a liberar pelo menos o suficiente para a conclusão do berço 3, que depende apenas da instalação de defensas para ficar pronto. 

No berço 4 a situação é mais complicada. No decorrer da obra, descobriu-se uma laje no fundo do rio que impede a passagem das estacas. A estrutura foi parar lá quando houve uma queda da estrutura do cais, em 1984. Como o obstáculo não estava previsto no projeto, será necessária alteração contratual. 

Os berços 3 e 4 fazem parte do pacote de arrendamentos do governo federal, que não tem data para ocorrer. Os portos tentam convencer o Ministério dos Transportes a liberar licitações descentralizadas, o que agilizaria os processos. O problema é que, desde que Michel Temer (PMDB) assumiu interinamente a presidência e relocou a SEP para dentro do Ministério dos Transportes, ainda não há um nome oficializado para tratar dos portos no país.

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