Linha asiática que deixou o Porto de Itajaí em 2015 decide manter operações em Navegantes
Um dos principais serviços de navegação para a Ásia, o consórcio SEAS2, que integra sete armadores, anunciou ontem a decisão de manter suas operações na Portonave, em Navegantes. Anteriormente chamado de ASAS, o serviço era disputado por outros portos – inclusive o Porto de Itajaí, onde o consórcio operou até agosto de 2015.
O serviço era o principal cliente de Itajaí e a decisão de mudar as atracações para Navegantes, no ano passado, fez cair pela metade a movimentação no espaço operado pela APM Terminals, arrendatária do porto.
O terminal de Itajaí fechou 2015 com prejuízo de R$ 20 milhões e, de julho do ano passado em diante, a movimentação caiu de 22 mil para 8 mil contêineres por mês. A queda repentina provocou rodadas de demissões e reduziu em quase 50% aarrecadação de ISS ( imposto sobre serviços) no município.
Em maio, antes de reiniciar as negociações com os armadores, A APM Terminals reduziu 25% de seus custos, acordou com os trabalhadores portuários avulsos a redução no preço cobrado por contêiner e melhorou a competitividade, numa tentativa de atrair novas linhas. O principal alvo era o serviço SEAS2.
Com apenas dois guindastes de contêineres disponíveis, porém, a estratégia esbarrou na produtividade oferecida pela Portonave, que possui mais equipamentos e vem batendo seguidos recordes na movimentação de navios.
A APM Terminals ainda não se manifestou sobre a negociação. O principal foco da empresa, hoje, está na autorização para estender o contrato de arrendamento, que termina em 2022 e trava novos investimentos.