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Choque envolve ferry-boat e embarcação de pesca

A Delegacia da Capitania dos Portos, em Itajaí, espera ouvir, a partir de hoje, o mestre do pesqueiro Marco Zero e o comandante do ferry-boat envolvidos em um acidente no sábado à noite. Os dois serão ouvidos pelo delegado da capitania em Itajaí, Alexadre Herculano Pinto Malizia Alves. Após três meses de reforma do casco e reparos no motor, o Marco Zero voltará agora para o conserto. Com o fim dos reparos da estrutura, os quatro tripulantes da embarcação levaram o barco para uma volta até a foz do Rio Itajaí-Açu. A intenção era avaliar a potência do motor e o desempenho da embarcação. Contudo, o Marco Zero não chegou nem na metade do caminho.

O pesqueiro foi atingido na popa por um dos ferry-boats que faz a travessia do Rio Itajaí-Açu entre Itajaí e Navegantes e metade da estrutura afundou na margem do rio, em Navegantes. No domingo, a delegacia da Capitania dos Portos instaurou inquérito para apurar as causas do acidente. A investigação deve levar até 90 dias para ser concluída.

A embarcação Marco Zero veio de São Sebastião, litoral de São Paulo, para uma terceira reforma em um dos estaleiros de Navegantes. De acordo com um dos proprietários do barco, Vicente Feitosa Soares, foram gastos R$ 80 mil nesta última reforma. Com a colisão contra o ferry-boat, sábado à noite, o prejuízo está em torno de R$ 100 mil.

– Era o primeiro teste do barco depois da reforma. Ainda não dá para acreditar no que aconteceu – disse Soares.

Empresa de proteção ambiental conteve o derramamento de óleo

Quatro homens estavam no barco no momento do acidente. O contramestre Marcelo Duarte Oliveira contou que eles aguardaram a passagem de duas balsas que operavam naquele horário, às 19h30min. Porém, segundo ele, uma terceira balsa também estava operando no local.

– Após a passagem das duas balsas, nós partimos. Mas então surgiu uma terceira e não tivemos tempo para parar. Afundamos em questão de cinco minutos – recordou Oliveira.

Ele e outro tripulante saíram da embarcação com o auxílio de um bote. Os outros dois pularam e nadaram até a margem do rio. Todos conseguiram sair do barco sem lesões. Duas horas após o acidente, uma empresa de proteção ambiental foi chamada para conter o derramamento de óleo.

Os técnicos instalaram boias feitas de material sintético para absorção do resíduo tóxico. O mergulhador Flavio Sarmento, contratado para identificar avarias na estrutura do barco, contou que a popa foi duramente prejudicada e que parte da lateral da embarcação foi destruída.

Domingo à tarde, a Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí emitiu nota oficial afirmando que o Marco Zero carregava 3 mil litros de óleo combustível e que a barreira montada serviria para evitar a poluição do rio. Além disso, a embarcação foi amarrada para que não fosse carregada pela correnteza e a retirada dela, segundo a nota, era obrigação do dono da embarcação. Até o fechamento desta edição, o barco permanecia na água.

A estrutura do ferry-boat, feita de ferro, nada sofreu. A empresa que administra o serviço não foi localizada para comentar o acidente.

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