Movimentação em queda no Complexo Portuário do Itajaí
A movimentação de cargas no Complexo Portuário do Itajaí continua em queda neste ano do 2018, com um recuo de 6% nas operações com contêineres. O índice é o mesmo de janeiro e segundo informações de mercado, os resultados verificados neste ano são impacto do bloqueio do mercado russo para as carnes suína e bovinas brasileiras, desde 1º de dezembro do ano passado.
Situação que pode ficar ainda mais crítica, caso os mercados compradores dos produtos da Brasil Foods, maior exportadora brasileira de aves, encontrem restrições devido as novas acusações de adulteração nos laudos de sanidade dos produtos, o que segundo a Polícia Federal, deu início a terceira fase da operação “carne fraca”.
Para o terminal de uso privado (TUP) Portonave, em Navegantes, o recuo nos volumes operados foi ainda maior, de 13%. Esse resultado foi devido ao impacto das restrições do mercado russo às carnes brasileiras, aliado a migração de três serviços que, até janeiro eram operados pelo TUP e, em fevereiro, migraram para a margem direita. São agora operados pela APM Terminals Itajaí, que por sua vez, comemora avanço de 27% nos volumes operados.
No entanto, mesmo com a retração, a Portonave respondeu por 66,37% do total operado no complexo.
A APM Terminal Itajaí registrou em fevereiro um aumento de 13,67 mil TEUs nas suas operações, com crescimento de 74% sobre igual período do ano anterior. Agora, se o fator de comparação for janeiro deste ano, o avanço foi de 98,4%. Índice de crescimento que está bem próximo do projetado pelo superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten Gorzelak, quando anunciou a migração dos serviços Brazex, Samwaf e um serviço do armador nacional Log In, que opera cabotagem e transbordo na costa brasileira; de 100%.
No entanto, esse aumento nas operações da APMT não representa ganhos para o complexo portuários, porque apenas migraram de uma margem para a outra.