Portuários entram em estado de greve e pressionam Temer
A partir de reunião deliberativa com representantes de sindicatos ligados à Federação Nacional dos Portuários (FNP), a categoria dos trabalhadores nos portos brasileiros entrou em estado de greve.
O anúncio pressiona o presidente Michel Temer (MDB), que há duas décadas mina a eficiência da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) com inexplicáveis influências políticas, em detrimento à escolha de profissionais técnicos para compor a direção do Porto de Santos, o mais importante do País.
Caso a paralisação das atividades não seja evitada, o desgaste de Temer com a greve dos caminhoneiros irá se agravar junto à sociedade.
Ele vem batendo sucessivos recordes de presidente impopular da história brasileira.
A administração portuária no Brasil tem sido dilapidada desde sempre, com a indicação política de diretores sem qualificação para os cargos que ocupam.
Essas cadeiras não passam de moeda política de negociação entre os caciques dos principais partidos do País.
Não há, também, uma definição clara sobre como essas companhias devem ser geridas.
Os métodos de trabalho variam de acordo com o pensamento das pessoas que estão momentaneamente na administração, causando grande insegurança jurídica e afugentando investimentos essenciais para o aprimoramento da infraestrutura da movimentação de cargas no Brasil.