Após pedir recuperação judicial, Grupo Libra tenta acelerar vendas
Em recuperação judicial desde o mês passado, o grupo Libra – um dos maiores operadores portuários do País – acelerou nas últimas semanas os planos de venda de ativos para tentar reduzir seu endividamento.
Envolvida na Operação Lava Jato e com débitos de cerca de R$ 1,8 bilhão, a companhia atraiu interesse de grupos asiáticos e do Oriente Médio, apurou o Estado.
O negócio mais cobiçado é o terminal do Rio de Janeiro, que ficou sem operar por alguns anos por problemas de dragagem no porto.
Entre 2012 e 2015, o ativo recebeu investimento de R$ 500 milhões e hoje é avaliado em cerca de R$ 1 bilhão.
O terminal é alvo de grupos de logística como PSA, de Cingapura, e DP World, de Dubai, além da empresa de navegação CMA CGM, dizem fontes a par do assunto.
PSA e CMA não retornaram os pedidos de entrevista.
A DP não quis comentar.
A LibraPort, localizada em Campinas (SP), também está sendo negociada.
Fontes afirmam que há conversas avançadas para a venda do armazém alfandegado, que atende especialmente o Aeroporto de Viracopos.
A transação é avaliada entre R$ 100 milhões e R$ 130 milhões.
Nesse caso, o grupo japonês Mitsui tem fatia de 30%.
A transação, sozinha, não aliviaria muito as dificuldades do Libra.