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Portos do Brasil cresceram 4% em meio ao COVID-19 - Na contra mão do cenário de pandemia!!

Os portos brasileiros apresentaram crescimento de 4% no volume de movimentação de janeiro a maio frente ao mesmo período de 2019. O dado foi apontado pelo diretor de Novas Outorgas e Políticas Regulatórias Portuárias da Secretaria dos Portos do Brasil, Fábio Lavor, para quem o investimento e estratégia de longo prazo do setor explica a alta. "Claro que estamos sendo afetados neste momento, mas até em virtude do perfil das nossas cargas, o setor portuário tem conseguido enfrentar esse momento. Estamos caminhando para um ano recorde de movimentação, somando exportação e importação", declarou. Lavor incentivou a participação de empresas árabes no projeto do governo de privatização no setor, que já conta com 13 licitações de arrendamento feitas em 2019, e outras 20 planejadas para o próximo ano.

"Gostaríamos de contar com mais participação árabe, em especial na parte logística portuária", afirmou ele. Um dos objetivos é tornar privada a gestão do porto de Santos, por onde passa um terço das trocas comerciais no país.

Importante ator no mundo árabe, a Zona Econômica do Canal de Suez também seguiu com as atividades em meio à crise. "Foi muito importante continuarmos o trabalho apesar da pandemia. O setor de logística é de vital importância para apoio às pequenas e médias empresas, que devido à atual crise encontram dificuldades, mas desempenham papel importantíssimo", explicou Yahia Zaki, presidente da Autoridade Geral para o Desenvolvimento da Zona Econômica do Canal de Suez, administradora do canal e de vários de seus portos.

Os custos de transporte são um grande empecilho atualmente, segundo Zaki. O principal desafio é no comércio de commodities para acelerar a integração comercial entre as regiões que cercam o canal, considerado portal de facilitação de comércio no continente africano. O presidente frisou, ainda, que a instituição espera acelerar e desenvolver os laços com portos do Brasil e América do Sul.

Para se antecipar ao impacto da Covid-19, a vice-presidente da América Central e do Sul da Associação Internacional de Portos (IAPH) e diretora de Negócios Internacionais e Inovação do Porto de Açu, Tessa Major, buscou informações com seus pares ao redor do globo. "Lançamos uma força-tarefa e usamos uma rede de portos para entender como outros lugares do mundo estavam sendo afetados. Com isso, criamos um documento de orientação para portos com as melhores práticas globalmente", afirmou Major.

O Porto de Açu fica próximo à capital fluminense e funciona como porta de entrada para o Estado de Minas Gerais. "Nossa logística funciona muito com estradas. Vamos ter um serviço regular de cabotagem entre o Porto do Rio de Janeiro e o Porto do Açu, começando em setembro", relatou ela sobre o sistema de navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um país. Sobre o coronavírus, Major explica que já há uma leve recuperação de movimento no porto. "Para o impacto de longo prazo ainda é mais incerto. Mas de forma geral os portos estão buscando um perfil de mais resiliência a risco, com fontes adicionais de receita", ressaltou ela.

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