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Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes recebe nova draga: capacidade de movimentar sedimentos chega a 10 mil metros cúbicos

Chegou ao Complexo Portuário de Itajaí e de Navegantes às 06:15 desta segunda-feira, 15, a nova draga hopper para reforçar as atividades de dragagem na região. A embarcação estava operando no Porto de São Francisco do Sul (SC).

Trata-se da Draga Hopper Lelystad, do tipo TSHD (trailing Suction Hopper Dredger), ao qual opera succionando sedimentos no fundo do rio através de dois tubos, um de cada bordo. Sua origem de fabricação é holandesa, construída em 1986, possui 136,97 metros de comprimento por 26,07 de boca (largura). Com um peso bruto de 13.200 toneladas, comporta dois motores diesel Wartsila de 09 cilindros cada. Sua quantidade de volume dragado pode chegar a 10 mil metros cúbicos em cada viagem.

De acordo com o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, os serviços de dragagem fazem parte de um plano contratual entre Autoridade Portuária e a Van Oord (empresa responsável pela manutenção do calado operacional do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, através de um contrato ativo de 05 anos (2019/2024), objetivando a manutenção do calado operacional em até 14 metros de profundidade.

“O porto de Itajaí provavelmente é o porto que a mais tempo executa serviços de dragagem permanente no país, tendo que dragar um quantitativo anual de até 3,5 milhões de metros cúbicos. Primordial a dragagem para a manutenção de suas atividades e acima de tudo primordial a vinda desta draga, pois assim conseguimos manter a profundidade entre 14 metros e 14.5 metros. Ela irá restabelecer alguns locais em que foi perdida a profundidade em decorrência do período chuvoso que enfrentamos desde dezembro, e, com sua chegada neste dia, já operando, demonstra ainda mais a seriedade que tratamos esse assunto, com profissionalismo em manter todas as licenças ambientais e condicionantes válidas para que a draga chegasse e já iniciasse os seus trabalhos. Demonstra ainda junto aos Armadores a confiança que eles podem ter em programar as suas embarcações, vindo carregadas e no limite operacional ao qual o complexo portuário do rio Itajaí pontua, diminuindo os custos de frete, trazendo mais movimento e, como sempre digo: tudo isso resulta em geração de trabalho e renda para a nossa população”, destaca Fábio.

Em janeiro, a draga já estava operando no complexo portuário de Itajaí e Navegantes devido à necessidade de reforçar a dragagem devido ao grande volume de chuvas que atingiram a região do Vale do Itajaí e consequentemente, viriam a desembocar no leito do canal de acesso e próximo a entrada dos molhes.

A draga Hopper Lelystad tem capacidade para dragar 10 mil metros cúbicos por viagem e em média serão realizadas de 10 a 12 viagens por dia, despejando os sedimentos na região do bota-fora, cerca de 5 milhas náuticas (próximo de 10 quilômetros), distantes da entrada do canal de acesso.

Além da Draga hopper Lelystad que chegou nesta segunda-feira, o complexo portuário de Itajaí e Navegantes também conta com as atividades da draga de fabricação alemã “NJörd”. Vinda da Alemanha em 21 de fevereiro, apenas em 03 de março iniciou seus trabalhos. É uma draga de injeção de água e possui três vezes mais potência que a draga Odin, que estava atuando no complexo e foi substituída pela NJörd. Não há previsão de sua saída e diariamente atua na manutenção do canal.

A Draga hopper Lelystad fará todos os serviços de dragagem ao longo do canal de acesso ao complexo portuário até a saída dos molhes, também em frente a área da bacia de evolução 01 (nas áreas da APMT, cais público e Portonave), e ainda na região norte na área da nova bacia de evolução (bacia 02).

“O Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, através destas dragas, vem trabalhando com esses dois métodos de aplicação, pois assim conseguimos aumentar a nossa periodicidade nas dragagens de manutenção com a hopper. Enquanto uma faz a sucção do material, carrega o material e leva lá para a região do bota-fora e despeja, a outra faz uma injeção de jatos de água, suspende o material e a corrente leva. As duas não podem trabalhar juntas, elas trabalham separadamente, porque enquanto uma vai aplicar um jato de água para levantar o material a outra precisa do material lá para ela sugar”, afirma Guilherme Malimpensa Knoll, Coordenador de Gestão de Obras e Projetos da Superintendência do Porto de Itajaí.

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