Teste das estacas atinge 49 metros
Uma estaca metálica fincada no solo a 49 metros de profundidade dissipou ontem a dúvida que manteve paralisada por dois meses a reconstrução do Porto de Itajaí. A previsão inicial, de vigas com 32 metros de comprimento, discutida pelo governo federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) ficou para trás, junto com a luz dia. O Consórcio TSCC parou o teste de carga da primeira estaca no final da tarde de ontem. Os testes serão retomados hoje. Engenheiros que atuam no trabalho acreditam que a viga possa alcançar até 53 metros, antes de atingir a camada de pedregulho, o que dará sustentação ao novo cais.Os testes de carga com estacas devem prosseguir nos próximos 10 dias, simultâneos à retomada da remoção de entulhos do fundo do rio e à preparação do solo do cais. De acordo com a previsão da Secretaria Especial de Portos (SEP), a cravação das vigas definitivas começa ainda em setembro.
No canteiro de obras, o engenheiro Paulo Fornari, do consórcio TSCC, resumiu a importância do teste iniciado ontem. A primeira viga colocada no terreno não foi cravada em posição prevista no projeto, que prevê parte das estruturas inclinadas e parte em posição vertical. Mesmo assim, o teste serviu para registrar a carga que a estrutura poderá suportar.
– Este teste vai gerar dados para o projeto e coloca um ponto final nas dúvidas sobre a necessidade das estacas de 50 metros – disse Fornari.
Reunião ontem confirma ordem de serviço para outubro
A reunião com a presença de técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) e da SEP, na superintendência do porto, ontem, confirmou a encomenda da remessa de estacas, por R$ 33,5 milhões, e a assinatura em outubro da ordem de serviço de um novo contrato com o consórcio TSCC, formado pelas empresas Triunfo, Serveng Civil San e Constremac.
O documento, em fase de elaboração, vai contemplar o aditivo de valor autorizado pelo TCU, na semana passada, e as alterações técnicas no projeto executivo da reconstrução dos dois berços para navios, destruídos com a enchente de novembro. Cada berço de atracação vai custar cerca de R$ 120 milhões.
A discussão sobre as obras do pátio ao redor do cais, usado para o armazenamento de contêineres, ficou em segundo plano, ontem. Segundo a superintendência do porto, o projeto será redimensionado pela SEP e passará por uma licitação comum.