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APM estuda pedir licitação de área da Prainha, em Guarujá

A APM Terminals, operadora portuária do Grupo A.P. Moller-Maersk, estuda apresentar à Codesp uma proposta para licitação da área de Prainha, na Margem Esquerda (Guarujá) do Porto de Santos, a fim de construir no local um terminal de contêineres. A informação é do gerente-geral de investimentos e projetos da APM no Brasil, Paulo Simões.

O projeto inicial da Maersk, conforme publicado em A Tribuna em janeiro último, era de instalar o empreendimento na região portuária da Alemoa, às margens do Canal do Estuário.

Com um investimento de cerca de US$700 milhões, que incluiria a construção de 700 metros de cais, o terminal teria capacidade para movimentar 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano, com a geração de 5.800 postos de trabalho diretos.

No entanto, o projeto esbarra no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do complexo santista, que caracteriza a região da Alemoa como apta a movimentar granel líquido.

Segundo Simões, a Codesp já autorizou a mudança de classificação da área, a fim de permitir a operação para contêineres. Mas, ao solicitar a alteração no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), o pedido foi recusado. O Conselho alega que são necessárias maiores evidências que justifiquem a modificação.

De acordo com o presidente do CAP, Sérgio Aquino, o órgão apenas respeitou uma solicitação feita pela Companhia Docas. "A Codesp entendeu que deveríamos fazer uma análise do PDZ apenas após o resultado de seu master plan (estudo sobre o potencial de expansão do complexo marítimo, sendo elaborado por uma consultoria) e o CAP concordou".

Aquino explicou que a estatal já enviou duas cartas solicitando que a região fosse considerada apta à movimentação de contêineres. Porém, a plenária do Conselho aprovou por unanimidade que seja aguardado o estudo contratado pela Codesp para, então, se posicionar.

"Queremos que nos apresentem análises de mercado sobre o segmento de contêineres. Precisamos saber qual a evolução de líquidos e a de contêineres. É importante que tragam ainda soluções para os acessos daquela região e também para o plano de expansão dos berços de atracação do Píer da Alemoa. O CAP não pode mudar o PDZ de forma inconsequente", afirmou Aquino.

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