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Obras serão retomadas no primeiro trimestre de 2010

As obras civis do megaterminal Embraport, no Porto de Santos, serão iniciadas no primeiro trimestre de 2010 e a operação, em 2012, disse ontem o presidente da Odebrecht Investimentos em Infraestrutura, Felipe Jens, um dos grupos controladores do empreendimento para movimentação de contêineres e granéis líquidos.

Quando totalmente instalado, o terminal da Embraport elevará em até 50%, para 4,5 milhões de Teus (contêiner de 20 pés), a atual capacidade de escoamento do porto santista e terá cais acostável para receber simultaneamente três navios pós-panamax.

O cronograma foi anunciado durante a primeira visita oficial ao canteiro de obras de representantes dos demais sócios da instalação, entre os quais da DP World, o quarto maior operador mundial de terminais de contêineres.

Ambos os grupos passaram a integrar a composição acionária da Embraport depois do estouro da crise, quando as obras foram interrompidas. Além da Odebrecht e DP World, compõem o negócio a Coimex, idealizadora do projeto, e o FI-FGTS, gerido pela Caixa Econômica Federal. A área onde o empreendimento será erguido, fora do chamado porto organizado, foi adquirida em 1998 pela Coimex. O processo de obtenção do licenciamento ambiental levou oito anos, devido, sobretudo, ao fato de o local ser área de mangue.

Originalmente, o investimento estava estimado em US$ 500 milhões, número que agora será revisto. "Até o final do mês será feito um levantamento para se refazer o orçamento do projeto e sabermos, efetivamente, quanto vai custar", disse Jens.

A Odebrecht já vinha discutindo com a DP World investimentos em operação portuária, tendo como lastro os terminais erguidos pela Norberto Odebrecht para a operadora de Dubai nos complexos de Djibuti, na África, e em Callao, no Peru.

A DP World, braço de operação portuária da Dubai World, opera 50 terminais em todos os continentes e tem mais 32 em desenvolvimento. Em 2008, movimentou 46,8 milhões de Teus, aumento de 8% sobre 2007. A perspectiva é que a receita neste ano chegue a US$ 4 bilhões. "Nosso projeto de expansão prevê investimentos em países emergentes, como o Brasil", disse o CEO da DP World, Sultan Ahmed bin Sulayem.

"Estamos muito orgulhosos não só dessa aproximação com o Porto de Santos, mas da proximidade entre os Emirados Árabes Unidos e o Brasil", disse o ministro das Relações Exteriores, Xeique Abdullah bin Zayed.

Presente ao evento, o ministro dos Portos, Pedro Brito, destacou que o setor portuário brasileiro vive um momento inédito de aportes, especificamente com o programa de dragagens, o que deve atrair mais negócios para a atividade. Até o final de 2010 será investido quase US$ 1 bilhão em melhoria de acessos aquaviários. No complexo santista, a dragagem de aprofundamento elevará de 14 para 15 metros a profundidade e de 150 para 220 metros a largura do porto.

Segundo Brito, nesse ano o Brasil recebeu US$ 30 bilhões em investimentos estrangeiros. "A perspectiva é que em 2010 sejam US$ 45 bilhões. O Brasil está aberto em inúmeros outros setores. E queremos que a Dubai World continue investindo", exortou.

A área onde o empreendimento será erguido tem cerca de 800 mil metros quadrados, dos quais 600 mil metros quadrados serão utilizados para movimentação de contêineres e o restante, para etanol. A perspectiva é que, quando concluído, o terminal da Embraport opere 1,5 milhão de Teus e 2 bilhões de litros de etanol.

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