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Porto luta para ampliar recursos para dragagem e recuperação dos molhes.

O superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior, esteve em Brasília, na semana passada, em companhia do deputado federal João Matos, tentando sensibilizar Congresso, Senado e o Governo do Estado para aumentar os recursos destinados ao Porto de Itajaí, a fim de que seja possível aprofundar os canais de acesso interno e externo e a bacia de evolução do Complexo Portuário do Rio Itajaí de 11 para 14 metros.

Para que a obra seja executada será necessário retirar cerca de 6 milhões de metros cúbicos de sedimentos do fundo do Rio Itajaí, mais a derrocagem de laje de 28,9 mil metros cúbicos, localizada nas proximidades do molhe. Embora os investimentos estejam orçados em R$ 60 milhões e mais R$ 30 milhões para obras de recuperação e realinhamento do molhe norte, os recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) somam apenas R$ 23 milhões.

"A dragagem de aprofundamento e os reparos no molhe permitirão ao Porto e terminais instalados nas duas margens operarem com navios com até 300 metros de comprimento, 40 metros de boca [largura], 13 metros de calado e capacidade para 7,5 mil Teus (unidade que equivale a um contêiner de 20 pés) e, caso ela não ocorra, corremos o risco de ficar fora do mercado", informa Ayres.

O superintendente de Itajaí tenciona receber apoio dos deputados catarinenses, independente de partidos, para sensibilizar o Comitê Gestor do PAC e a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, visando à criação de rubrica orçamentária para suplementação dos recursos destinados a obras de infraestrutura aquaviária no complexo.

"Somos ainda o principal exportador de produtos congelados do Brasil e o segundo maior na movimentação de contêineres, com uma movimentação de 680 mil Teus no ano passado, e empregamos direta e indiretamente aproximadamente 20 mil pessoas, o que faz da atividade portuária o principal motor do desenvolvimento da cidade de Itajaí e região", ressaltou Ayres, acrescentando que as mercadorias movimentadas pelos terminais do Complexo possuem o maior valor agregado do Brasil, de US$ 2,14 por quilo, o que justifica a necessidade dos investimentos solicitados à União.

No último dia 5, Ayres esteve em audiência com o governador Luiz Henrique da Silveira e com o superintendente administrativo da Portonave para solicitar apoio junto ao governo federal para a liberação dos recursos.

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