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LLX negocia acordos para instalação de empresas no Porto do Açu

Projeto Porto Brasil, em Peruíbe, está suspenso, mas não cancelado, reforça executiva.

Na esteira do acordo firmado com a Camargo Correa para construção de uma planta de fabricação de cimento no Superporto do Açu, a LLX, braço de operação logística do Grupo EBX, destacou que está em negociação com produtores de aço, fabricantes de automóveis e produtores de petróleo da Bacia de Campos para atrair movimentação pelo complexo, cujas operações devem ter início em 2012.

A manifestação foi feita ontem, dia 12, durante entrevista da diretoria da LLX concedida a investidores, por ocasião da divulgação dos resultados do 3º trimestre da empresa, que está construindo também o Porto Sudeste (RJ). "Antes do que se espera nós vamos anunciar contratos de movimentação de minério de ferro", disse o CEO Otávio Lazcano.

O Superporto do Açu foi autorizado para operar como um terminal privativo de uso misto, portanto, sem as mesmas obrigações de um terminal concessionado por meio de licitação. Por isso, goza de mais vantagens competitivas e baixo custo (a mão-de-obra, por exemplo, pode ser contratada livremente, o que não ocorre com os terminais públicos arrendados pela iniciativa privada).

O investimento total do empreendimento será de US$ 1,6 bilhão, sendo US$ 900 milhões pela LLX Minas-Rio (responsável pela implantação do terminal portuário dedicado a minério de ferro) e US$ 700 milhões pela LLX Açu (responsável pela operação das demais cargas como produtos siderúrgicos, carvão, granéis líquidos e granito).

O complexo contará com uma ponte de acesso de 3 quilômetros de extensão que ligará o continente a uma estrutura offshore com 10 berços para atracação de navios.

Além do Superporto do Açu, a empresa investe atualmente no Porto Sudeste (na ilustração), em Itaguaí (RJ). Também um terminal privativo de uso misto, será dedicado à movimentação de minério de ferro. Implantado na Ilha da Madeira, o empreendimento ficará estrategicamente localizado para servir de escoadouro aos produtores de Minas Gerais.

Quando concluído, o porto terá 52 hectares, profundidade de 20 metros e estrutura offshore com dois berços de atracação. A capacidade de movimentação será para 50 milhões de toneladas por ano, com possibilidade de ampliação para 100 milhões de toneladas.

Desde o início das obras, a LLX já investiu R$ 1,128 bilhão em ambos os empreendimentos. Apenas no 3º trimestre, o aporte foi de R$ 152 milhões. A empresa encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,7 milhão.

A previsão é que a construção do Porto Sudeste seja iniciada ainda no segundo semestre deste ano. O início das operações está previsto para o final de 2011.

Em apresentação dos resultados do 3º trimestre em São Paulo, a coordenadora de Relações com os Investidores, Camila Anker, destacou que o projeto Porto Brasil não foi cancelado, mas apenas suspenso.

A executiva se referia ao megaterminal privativo de uso misto que a LLX pretende erguer em Peruíbe (Litoral Sul de São Paulo). O projeto prevê a movimentação de contêiner, carga geral e granéis sólidos e líquidos. Em outubro de 2008, devido à falta de crédito gerada pela crise financeira mundial, a empresa suspendeu o projeto, avaliado em US$ 1,8 bilhão.

O complexo industrial portuário seria erguido em uma área de 19,5 milhões de metros quadrados e profundidade de 18,5 metros. Apenas a capacidade de movimentação de contêineres seria para 3,2 milhões de Teus por ano, 200 mil Teus a mais do que o potencial atual do Porto de Santos. O projeto prevê ainda capacidade para escoar 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano; 7,5 milhões de metros cúbicos de granéis líquidos; 29 milhões de toneladas de granéis sólidos; e 10 milhões de toneladas de fertilizantes.

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