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Santa Catarina volta a exportar carne suína à Rússia

O governador Luiz Henrique e o vice Leonel Pavan anunciaram nesta quarta-feira (3) que o Ministério da Agricultura da Rússia confirmou pela manhã a reabertura do mercado daquele país para a importação da carne suína catarinense. “O mercado estava deprimido até este momento, mas a perspectiva para os próximos 12 meses é excepcional. Poderá faltar carne catarinense para exportação devido à grande demande”, disse Luiz Henrique durante coletiva à imprensa no Centro Administrativo do Governo do Estado. Segundo o governador, a confirmação da Rússia se deve ao fato de Santa Catarina ser o único estado da América do Sul livre de febre aftosa sem vacinação.

O secretário especial da Articulação Internacional, Vinícius Lummertz, afirmou que Santa Catarina deverá exportar em breve para o mercado dos Estados Unidos, Filipinas, China e Japão. “Na próxima semana, estaremos na Embaixada dos EUA, em Brasília, para negociar a exportação da carne suína, e também bovina, para este país”. Lummertz informou ainda que, após reunião com o governador Luiz Henrique, ficou decidido que o Estado enviará uma comitiva ao Japão no mês de julho para explorar o mercado oriental.

O governador Luiz Henrique lembrou que o Governo do Japão já enviou duas missões técnicas ao Estado e que ambas tiveram excelente impressão quanto à qualificação da carne catarinense. “Estive pessoalmente com o ministro da Agricultura do Japão e uma nova missão catarinense àquele país não está descartada”.

Outra novidade repassada pelo diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo Gouvêa, será a vinda de uma comitiva da União Europeia, entre os meses de agosto e setembro, para avaliar as condições sanitárias da suinocultura catarinense visando a importação.

Três anos de jejum
Com início no dia 13 de dezembro de 2005, a suinocultura do Estado de Santa Catarina se encontrava em situação econômica desfavorável até o momento. Isso devia-se à suspensão das importações de carne suína pela Federação Russa, motivada pela ocorrência de focos de febre aftosa nos Estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná, em outubro de 2005.

Cerca de 16 mil toneladas de carne suína deixaram de ser exportadas mensalmente para esse país, ao se levar em consideração o volume das exportações do ano de 2005. De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Antonio Ceron, naquele ano o Estado exportou 281 mil toneladas de carne suína, sendo que 200 mil toneladas se destinaram à Rússia.

Neste período de três anos e cinco meses, as exportações de carne suína catarinense, que não seguiram para a Federação Russa, foram avaliadas em 656 mil toneladas, representando uma perda de 1,3 bilhão de dólares.

Em dezembro de 2005, o quilo de peso vivo de suíno estava sendo comercializado em nível de produtor no valor de R$ 2,50, enquanto a cotação atual corresponde aos valores de R$ 1,75, resultando em graves prejuízos para o setor produtivo e industrial.

Apesar do Estado de Santa Catarina se manter por 16 anos sem a ocorrência de foco de febre aftosa nos seus rebanhos, de possuir o status de livre da enfermidade sem a utilização da vacinação desde maio de 2007, com reconhecimento oficial da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE e, apesar dos esforços desenvolvidos pelos governos estadual e federal juntamente com a iniciativa privada, ainda existiam restrições ao produto catarinense pela Federação Russa. Todos os requisitos técnicos de segurança sanitária foram cumpridos pelo Estado de Santa Catarina. “Esperamos reassumir a antiga posição privilegiada de maior exportador de carne suína para a Rússia, a exemplo de 2005 que exportamos 200 mil toneladas para aquele país”, afirmou Ceron.

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