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Hapag-Lloyd tem prejuízo de US$ 986 milhões em nove meses
O balanço das perdas acumuladas ao longo de nove meses da Hapag-Lloyd soma US$ 986 milhões ante o lucro de US$ 320 milhões em 2008. A empresa registrou queda de dois dígitos nos volumes de cargas e nas taxas de frete.De acordo com a TUI, grupo de turismo alemão que detém 43,3% da companhia, as perdas deverão continuar no quarto trimestre deste ano.
A receita despencou aproximadamente 29% durante nove meses até setembro para US$ 4,8 bilhões frente aos US$ 6,7 bilhões acumulados no mesmo período de 2008.
O volume de cargas encolheu 17,4%, alcançando 3,7 milhões de Teus (unidade de medida que equivale a um contêiner de 20 pés) e a média da taxa de frete caiu 22,8% para US$ 1.221 por Teu.
O mercado marítimo de contêineres estará se recuperando no ano financeiro 2009/2010 e, a esse respeito, o grupo TUI fez a seguinte declaração: "No geral, porém, as contribuições de lucros pela Hapag-Lloyd esperadas são negativas nesse exercício".
O TUI afirmou que obteve lucro de US$ 1,6 bilhão com a venda da participação de 56,7% da Hapag-Lloyd para o consórcio Albert Ballin, baseado em Hamburgo, no início do ano.
O grupo ofereceu uma ajuda adicional de US$ 1 bilhão à Hapag-Lloyd em outubro passado, convertendo os empréstimos já feitos à armadora em capital híbrido.
De acordo com o grupo TUI, este tem o direito de converter US$ 500 milhões de capital híbrido em ações da Hapag-Lloyd a partir de 2011, o que aumentaria sua participação para um máximo de 49,9%.
A Hapag-Lloyd também obteve garantias de empréstimos que totalizaram US$ 1,8 bilhão entre auxílio do governo alemão e da cidade de Hamburgo para ajudá-la a sobreviver da queda vertiginosa no transporte de contêineres.
A companhia marítima continuará perdendo dinheiro em 2010, a despeito da redução de custos e da melhoria das condições de mercado, de acordo com o segundo maior investidor do consórcio Albert Ballin, Klaus-Michael Kuehne.